Temer diz que prisão preventiva com base em delação “é uma barbaridade”

Por Jornal GGN - 21/03/2019

Ex-presidente chegou a atender a um telefonema de Kennedy Alencar quando já estava na companhia de policiais federais

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Quando já estava na presença de policiais federais que cumpriam um mandado de prisão preventiva assinado por Marcelo Bretas, na manhã desta quinta (21), o ex-presidente Michel Temer atendeu a um telefone do jornalista Kennedy Alencar e informou que estava a caminho do aeroporto de Guarulhos. Temer não pôde falar muito, mas ressaltou que, em sua opinião, a prisão era uma “barbaridade”.
O processo, segundo o Conjur, corre em segredo de Justiça. Mas o G1, Valor e a CBN afirmam que a prisão está relacionada à delação premiada do ex-operador do MDB, Lucio Funaro. A colaboração foi homologada pelo Supremo Tribunal Federa em dezembro de 2017. Tem 29 anexos que abordam o suposto esquema de corrupção do MDB no Congresso, envolvendo caciques do partido como Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alvez, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Tadeu Filippelli, ex-assessor especial do gabinete de Temer.
O MDB divulgou nota sobre a prisão de Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha. “O MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa”, diz o texto.
O advogado Eduardo Carnelós, que defende Michel Temer, também afirmou que a prisão do ex-presidente “é uma barbaridade.”


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