VÍDEO: Ex-membro da Le Cocq, secretário de Bolsonaro comemora urgência em projeto de anistia a militares do ES

Por Revista Forum - 21/02/2019

Projeto, que vai ao plenário na terça-feira (26) anistia militares do Espírito Santo, Minas Gerais e Ceará por crimes militares ou comuns cometidos entre 2011 e 2018

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Nomeado Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro em dia 31 de janeiro, o ex-deputado federal e candidato derrotado ao governo do Espírito Santo, Carlos Humberto Mannato (PSC/ES), que integrou a Escuderie Le Cocq, comemorou em vídeo gravado direto do Palácio do Planalto a aprovação da urgência na tramitação do projeto que anistia policiais que participaram de movimentos grevistas entre 2011 e 2018.
A anistia prevista no Projeto de Lei 395/2019 atinge tanto crimes previstos no Código Penal Militar, quanto os crimes considerados comuns, previstos no Código Penal em um período muito superior ao auge da greve, que aconteceu entre 4 e 27 de fevereiro de 2017.
“Mais uma grande notícia! Hoje o requerimento de urgência referente à Anistia dos Militares do ES foi aceito no plenário do Senado Federal. Na próxima terça-feira esperamos que ele seja aprovado e que vá para sanção do nosso presidente”, comemorou Manato, um dos autores da proposta original, quando atuou na Câmara, ao lado do ex-deputado Alberto Fraga (DEM/DF).
O projeto, que deve ser votado na próxima terça-feira (26) no Plenário do Senado, prevê a anistia também para militares, policiais civis e agentes penitenciários de Minas Gerais e do Ceará que participaram de movimentos no mesmo período.
Somente no auge do movimento grevista no Espírito Santo, em fevereiro de 2017, 215 pessoas foram assassinadas, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo.
Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil no estado, até 10 de fevereiro, 90% dos mortos era de homens, com concentração de vítimas na faixa dos 17 aos 20 anos de idade, e a maioria foi vítima de disparos de armas de fogo.[52] Entre os mortos estão “usuários de drogas ilegais, pessoas com antecedentes criminais, vítimas de balas perdidas e pessoas com deficiência”. Também foram mortos um policial civil e o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari.
Extinta no final de 2015 pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a Scuderie Le Cocq foi uma espécie de embrião das milícias que atuou como um esquadrão da morte no Espírito Santo, matando mais de 1,5 mil pessoas.

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