Portugal: Menos de 50% das pessoas consegue identificar notícias falsas

A Comissão Europeia divulgou esta semana um estudo em que revela que apenas 48% dos portugueses conseguem identificar notícias falsas. O número é “preocupante”.

esquerda.net - 26/02/2019

Estando abaixo da média da União Europeia (UE), o número de pessoas incapazes de identificar notícias falsas preocupa a Comissão Europeia.
O Eurobarómetro divulgado sobre a opinião pública em Portugal, e realizado no outono de 2018, mostra que “os portugueses parecem estar menos conscientes da exposição a notícias falsas, menos preparados para identificá-las e menos dispostos a considerá-las um problema no seu país e para o funcionamento das democracias do que o conjunto dos cidadãos dos 28 Estados-membros”.
“O facto de menos de metade dos cidadãos nacionais inquiridos afirmar ser capaz de identificar notícias deturpadoras da realidade ou falsas é preocupante e merece maior atenção”, lê-se no documento, que mostra que apenas 48% dos inquiridos portugueses afirmou ter facilidade em identificar notícias e informação que deturpa a realidade. A média da UE é de 58%. No mesmo sentido, apenas 55% dos inquiridos portugueses afirmaram encontrar frequentemente notícias falsas. A média europeia é de 68%. Para mais, mais de metade considerou a desinformação como um problema. A perceção na UE é de 70%.
De resto, “apenas um em cada quatro cidadãos nacionais [portugueses] confia nas redes sociais”, com uma percentagem de respostas positivas de 26%. A média da UE é de 19%. “Em linha com estes padrões, dois terços dos portugueses consideram que os meios de comunicação social nacionais oferecem informação confiável, sendo este um valor superior à média europeia”, diz Bruxelas.
Os questionários para este estudo foram feitos entre 8 e 19 de novembro de 2018. O Eurobarómetro foi divulgado pela representação da Comissão Europeia em Portugal.

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