Congressista dos EUA a Guaidó: 'Você não pode autorizar intervenções militares americanas'

Líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, durante a manifestação em Caracas
© Sputnik / Leo Alvarez
Por Sputnik News - 10/02/2019

Depois que o opositor venezuelano, Juan Guaidó, declarou que não descarta a possibilidade de autorizar uma intervenção dos EUA na Venezuela, o congressista democrata estadunidense Ro Khanna lembrou ao autoproclamado presidente interino que não cabe a ele tomar esse tipo de decisão.
"Senhor Guaidó, você pode se proclamar o líder da Venezuela, mas você não pode autorizar intervenções militares americanas. Apenas o Congresso dos EUA pode fazê-lo. Nós não vamos fazer isso", escreveu Khanna na sua conta no Twitter.

Ele sublinhou também que nem o presidente, nem os "funcionários neoconservadores do Departamento de Defesa", nem os lobistas das empresas do setor de defesa "têm o poder de decidir se os EUA devem participar de conflitos militares". "Apenas o Congresso", sublinhou o congressista.
Only Congress has the power to decide if the U.S. should be involved in military conflicts.

Not the President.

Not neoconservative defense department officials.

Not defense contractor lobbyists.

Only Congress.
Anteriormente, em entrevista à agência AFP, Guaidó comentou a possibilidade de autorizar uma intervenção militar dos EUA e de outras forças estrangeiras no país para derrubar o presidente atual Nicolás Maduro, declarando que "faremos tudo o que temos que fazer de maneira soberana e autônoma para pôr fim à usurpação".
O presidente dos EUA, Donald Trump, por sua vez, disse no domingo passado (3) que uma intervenção militar dos EUA na atual crise política da Venezuela é "uma das opções".
A crise política venezuelana se agravou em 23 de janeiro, depois que Juan Guaidó se declarou presidente interino do país durante protestos antigovernamentais realizados nas ruas de Caracas.
O líder da oposição tem sido apoiado pelos EUA, Brasil e outros países. A Rússia, China, México e Turquia estão entre as diversas nações que manifestam seu apoio a Maduro como chefe de Estado do país legitimamente eleito.

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