Vagner Freitas: 2019 será de luta
RESISTÊNCIA
"Os trabalhadores serão desafiados a compreender o que estará acontecendo para poder, primeiro, resistir", avalia o presidente da CUT
por Vagner Freitas, da CUT - na RBA - publicado 10/01/2019
"Os trabalhadores serão desafiados a compreender o que estará acontecendo para poder, primeiro, resistir", avalia o presidente da CUT
por Vagner Freitas, da CUT - na RBA - publicado 10/01/2019
CUT NACIONAL
Previsões indicam que a vida não será fácil para a classe trabalhadora, em 2019, mas a CUT promete resistir na luta
O ano começa quente! O calor do verão e a temporada de férias trazem para muitos o merecido descanso. Com todas as dificuldades, desejamos um 2019 de alegria e paz.
O ano começa quente também na política. A posse dos novos governadores e do Presidente da República abre o mandato do Poder Executivo e, nas próximas semanas, o mesmo ocorrerá nas Casas Legislativas dos Estados e no Congresso Nacional.
No âmbito federal, o governo do presidente eleito começa a dar demonstrações do que pretende e o mesmo ocorre nos estados. Esses primeiros dias confirmam as previsões: clima quente o ano todo na vida política, no debate público e, sobretudo, o aprofundamento da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e das políticas públicas de inclusão social.
As previsões indicam que a vida não será fácil para a classe trabalhadora: ataques à seguridade e previdência social, aos direitos trabalhistas, à saúde e educação públicas, à geração de emprego decente, salários dignos, privatizações indiscriminadas, as políticas de apoio e fortalecimento da agricultura familiar e reforma agrária, o aumento do custo de vida são algumas das questões que estarão na pauta de forma intensa. Precarização, flexibilização, desmonte, rebaixamento, limitação serão substantivos que darão concretude às propostas, projetos e iniciativas desse governo que se inicia.
A defesa dos direitos sociais e trabalhistas dá o conteúdo para a democracia apoiada pela CUT e que está hoje ameaçada pelas propostas do governo. A tarefa primeira e permanente será a defesa da democracia, das instituições, e, especialmente, a defesa da Constituição e os direitos contidos nela e da liberdade do ex-presidente Lula. Não nos iludamos, será uma tarefa dificílima. A liberdade é condição para a democracia, e, juntas, são requisitos indispensáveis para enfrentar e superar as injustas desigualdades econômicas e sociais existentes no Brasil.
Os trabalhadores serão desafiados a compreender o que estará acontecendo para poder, primeiro, resistir. Mas o entendimento da situação deve conduzir às disputas de cada uma das questões postas para o debate.
A resistência exigirá intervenções mobilizadoras, afirmando o sentido do que queremos como o direito ao emprego de qualidade, ao salário justo, à proteção trabalhista e social, ao bem estar, à qualidade de vida, a defesa do patrimônio público, entre tantas outras dimensões.
Não será um ano fácil. Será longo e quente!
A CUT estará, como sempre esteve, conduzindo sua ação de organização sindical e de mobilização das lutas dos trabalhadores. Lutaremos no campo que for necessário, no espaço público dos poderes constituídos, mas também nas ruas, nos locais de trabalho e nas comunidades com a determinação de fortalecimento da organização de base, representativa e renovada.
A CUT manterá uma atuação institucional de representação dos trabalhadores em todos os espaços da vida pública e política do país.
A CUT investirá no fortalecimento da unidade dos trabalhadores, na unidade de ação do movimento sindical, juntamente com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
A CUT será a voz dos trabalhadores para seus problemas e, principalmente, para anunciar seus sonhos.
A CUT tem e terá propostas para o debate e para a mobilização da classe em defesa e ampliação dos nossos direitos.
A CUT olha para frente, porque luta.
A CUT luta porque é da classe trabalhadora
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