Política econômica de Trump leva o mundo a crise sem precedentes, preve economista
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Há cada vez mais evidências que em 2019 a economia dos EUA e do mundo enfrentarão mais uma crise, enquanto as ações do presidente estadunidense, Donald Trump, já começaram a destruir o sistema de gestão da economia global, escreveu o economista David Cayla em seu artigo para o jornal francês Le Figaro.
Segundo Cayla, embora Trump tenha contribuído para a desregulamentação do setor financeiro e a redução da carga tributária nos EUA, os índices bolsistas norte-americanos têm mostrado uma queda drástica, algo que prenuncia uma crise econômica inevitável.
O economista francês enumera várias razões pelas quais a economia dos EUA pode enfrentar sérios problemas no futuro próximo. A primeira razão é um período de crescimento econômico muito longo: 2018 se tornou o nono ano consecutivo em que a economia dos EUA fechou com crescimento, enquanto o resto do mundo enfrentou uma desaceleração.
Cayla destaca também os problemas políticos internos dos EUA, particularmente a paralisação do governo que afeta mais de 800 mil funcionários públicos, colocados no desemprego técnico.
De acordo com o economista, todos esses fatores levariam a uma nova crise sem precedentes.
"O que se passa nos EUA e no mundo em geral mostra uma nova lógica e uma reviravolta decisiva na gestão econômica", disse ele, acrescentando que a política de Trump afetou a maioria das instituições internacionais, incluindo a OMC, que já não consegue lidar com todas as disputas e problemas.
Cayla sublinha que a crise econômica pode dar início a uma nova época em que a regulamentação internacional seria substituída pela política econômica de cada país, ou seja, a ordem mundial baseada não em regras mas na lei do mais forte levaria os países a usar os instrumentos económicos nos seus próprios interesses.
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