Jeferson Miola: Lula é refém de facínoras
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“Para o júbilo o planeta está imaturo.
É preciso arrancar alegria ao futuro.
Nesta vida morrer não é difícil.
O difícil é a vida e seu ofício”.
Vladimir Maiakóvski
A crueldade do regime de exceção contra Lula alcançou o paroxismo e expôs uma realidade incontornável: Lula é refém de facínoras.
Lula foi sequestrado pelo regime de exceção e encarcerado na masmorra da Lava Jato. Lá, ele permanece sob contínua vigilância de abutres e facínoras – juízes, procuradores, policiais federais – que se revezam na função de carcereiros delinquentes, fora da lei.
Todos os direitos do Lula estão sendo, um a um, sequestrados.
Primeiro, começaram cassando os direitos civis do Lula. Fabricaram acusações falsas para processá-lo e condená-lo sem provas, num juízo de exceção farsesco, injusto e parcial. E, passo seguinte, rasgaram a Constituição e as leis para finalmente levá-lo à prisão.
Depois, cassaram os direitos políticos do Lula e impediram-no de votar, ser votado e ser eleito presidente do Brasil. Asfixiaram sua voz e retiraram a principal arma de defesa dele: a palavra e a liberdade de expressão.
Agora, sequestraram inclusive os direitos do Lula como prisioneiro; sequestraram aqueles direitos humanos civilizatórios que Lula, como ser humano, é tributário.
O artigo 120 da Lei de Execução Penal não deixa dúvida: Lula tem o direito indiscutível de comparecer ao sepultamento do irmão. Mas os abutres e facínoras desprezaram a Lei e impediram-no de se despedir do Vavá.
O futuro existe.
Não importa se hoje vemos e sentimos o futuro mais longe do que perto. O fato é que o futuro existe, e é preciso ter esperança, resistir e lutar para que um dia alcancemos o futuro de júbilo, de justiça, democracia, liberdade e legalidade.
E então, quando o futuro chegar e o horror fascista de hoje tiver ficado para trás, todos esses extremistas, energúmenos e canalhas haverão de ser julgados pelos crimes e arbítrios que cometem no presente.
Os sequestradores do Lula não serão poupados; eles serão julgados e condenados com rigor, segundo as regras do devido processo legal que hoje deturpam.
Libertar Lula do cárcere medieval da Lava Jato e da crueldade dos seus sequestradores facínoras é uma urgência humanitária e o “ofício” político prioritário neste período histórico sombrio e tenebroso.
Obs.: no momento de conclusão do artigo, quando Vavá já estava sendo sepultado, foi noticiado que o presidente do STF Dias Toffoli autorizou Lula a acompanhar o sepultamento. Hipocrisia e sadismo de um judiciário apodrecido.
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