‘Devemos lutar pela soberania’, diz Lula, que tem petição para Nobel da Paz

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Defesa do país foi principal recado do ex-presidente durante visita da secretária de Relações Internacionais do PT, Mônica Valente. Campanha por Nobel da Paz ganhará força

por Redação RBA - publicado 17/01/2019

ARQUIVO RICARDO STUCKERT
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Esquivel e Lula, durante encontro em março de 2018, antes da prisão e quando já havia a ideia de indicação ao Prêmio Nobel
“Devemos lutar muito pela soberanianacional”, afirmou hoje (17) a secretária de Relações Internacionais do PT, Mônica Valente, após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde ele está preso desde 7 de abril do ano passado. Segundo Mônica, a defesa da soberania do país foi o principal recado que o ex-presidente transmitiu durante a visita.
“Isso é muito importante, porque o programa político do governo Jair Bolsonaro vende o nosso país como se fosse dele. Lula diz que o petróleo é do povo, e os bancos públicos promovem as políticas sociais”, destacou, referindo-se às ameaças de privatização dessas instituições pelo governo de extrema direita.
Durante entrevista coletiva após a visita, a representante do PT também falou sobre o trabalho para que o ex-presidente seja indicado ao Prêmio Nobel da Paz. “Nossa tarefa neste momento é reforçar a campanha pelo prêmio”, afirmou. “Vocês sabem que o Adolfo Pérez Esquivel (também vencedor do prêmio) deu entrada na petição no ano passado e vamos recolher assinaturas de apoio até 31 de janeiro”, disse.
“Dei um relato sobre o prêmio para ele e ele fico contente”, afirmou Mônica. “O presidente Lula, além de ser uma fortaleza e um ser humano excepcional, em uma relação de igual para igual, ele passa uma força, e uma lucidez política sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo”, disse.  

“Vivemos ameaças de retirada dos nossos direitos por parte desses conservadores”, defendeu Mônica. “Outra coisa que ele nos orientou é que nós não podemos esquecer que obtivemos uma votação de 47 milhões de pessoas em Fernando Haddad, e para essas pessoas temos de passar neste momento a confiança de que só ganha quem luta – sempre foi assim, e o PT conseguiu chegar ao segundo turno, não podemos esquecer isso, a luta será dura, mas será vitoriosa, mais dia menos dia”.
Sensibilizada com as mensagens de otimismo e força do ex-presidente, Mônica disse ter compartilhado de um sentimento comum a muitas pessoas que visitam o ex-presidente. “Todo mundo sai daqui mais animado do que entrou”, afirmou. Ela mostrou a Lula uma lista de líderes internacionais que querem visita-lo, como o líder político espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.
“Os pedidos de visitas internacionais mostram que estamos do lado certo da história, e todos esses líderes virão nos próximos meses”, destacou. “Todos têm compromisso com a luta pele libertação de Lula, todos sabem que queriam tirar ele da disputa eleitoral”, concluiu.

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