0,1% de contas nos EUA partilharam 80% de fake news em 2016
A revista Science indicou que, durante a última campanha presidencial nos EUA, 0,1% dos utilizadores disseminaram 80% de conteúdos falsos.
Por esquerda.net - 25/01/2019
Por esquerda.net - 25/01/2019
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O estudo “Notícias falsas no Twitter durante a eleição presidencial dos EUA em 2016”, realizado por investigadores de universidades de Northeastern, Harvard e Nova Iorque, examinou “a exposição e a partilha de notícias falsas por eleitores registados no Twitter e descobriu que o nível de interação com fontes de notícias falsas foi extremamente concentrado”.
De acordo com o estudo, “Apenas 1% de indivíduos foram responsáveis por 80% das exposições a fontes de notícias falsas e 0,1% estiveram por trás de quase 80% de fontes de notícias falsas partilhadas. Os indivíduos mais prováveis de interagir com fontes de notícias falsas eram conservadores, mais velhos e altamente ligados a notícias políticas”.
Para levar a cabo o estudo, um produtor de notícias foi definido enquanto “aquele que tem a aparência de notícias legitimamente produzidas, mas que não contém as normas e os processos editoriais dos meios de comunicação para garantir a precisão e a credibilidade da informação”.
O estudo concluiu ainda que os 0,1% de utilizadores referidos eram mais ativos no Twitter do que a média, já que partilhavam mensagens 71 vezes por dia (contra a média de 0,1) e que as contas rotuladas como pertencentes a utilizadores de esquerda tinham uma probabilidade muito mais reduzida de partilharem conteúdos de origem duvidosa (5% da esquerda contra 11% da direita e 21% da extrema-direita).
Os investigadores recomendam que as plataformas desencorajem os utilizadores de seguir ou partilhar conteúdos de fontes que estão referenciadas como originárias de notícias falsas, assim como de adotar políticas que desincentivem as públicações frequentes, como fez o Whatsapp, que reduziu a possibilidade de enviar mensagens em massa.
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