WhatsApp começa campanha contra fake news na Índia

PROBLEMA MUNDIAL

As notícias falsas vêm influenciando eleições em todo o mundo. Na Índia, o problema pode ser ainda maior, com a ascensão de conflitos étnicos. Contra isso, o WhattsApp, pela primeira vez, veiculou propagandas de televisão

por Redação RBA - publicado 04/12/2018

REPRODUÇÃO
whatts app índia
Empresa veiculou campanha em mais de 10 idiomas
O aplicativo de mensagens WhattsApp, que pertence ao grupo da rede social Facebook, vê aumentar o seu protagonismo no cenário político mundial. Após a disseminação em massa de notícias falsas no Brasil pela campanha da extrema-direita nas eleições no Brasil, que ganhou a presidência com Jair Bolsonaro (PSL), o aplicativo está envolto em problema similar em outro grande país, a Índia.
Inúmeros casos já foram relatados no país. Em um deles, chegaram a linchar uma pessoa que foi vítima de notícias falsas, ou fake news. Agora, a empresa veiculou, pela primeira vez, um comercial de televisão, justamente contra este problema. “Compartilhe alegria, não rumores”, são as palavras que norteiam a peça publicitária.
As mentiras estiveram por trás de eventos como a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, além de Bolsonaro no Brasil. Além de manipular resultados nas urnas, as fake news possuem um poder de desencadear a violência física.
Na Nigéria, o presidente Muhammadu Buhari teve de desmentir publicamente um boato de que ele seria um clone. O país passa por eleições gerais em 2019 e também vê a explosão das fake news incendiar conflitos étnicos.
A Índia também pode passar por problemas como os da Nigéria. O país também é dividido por etnias e diferentes idiomas. O país também está às vésperas de eleições importantes nos estados do Rajastão e Telangana. Outra similaridade da Índia com outros países que passam pelo mesmo problema é a ascensão de ideias extremistas de direita, que privilegiam o grupo hindu no país.
Campanha do WhattsApp vai ao ar em todo o país em 10 idiomas. Assista:

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