Presidente venezuelano rechaçou convite oficial para participar da posse de Bolsonaro

Por Brasil de Fato - 17/12/2018

O governo da Venezuela divulgou o convite enviado em novembro pela equipe de Bolsonaro a Nicolás Maduro

Ao rechaçar o convite, Maduro afirmou que "jamais compareceria à posse de um presidente que é expressão da intolerância, do fascismo" - Créditos: HispanTV
Ao rechaçar o convite, Maduro afirmou que "jamais compareceria à posse de um presidente que é expressão da intolerância, do fascismo" / HispanTV
Redação Resumen Latinoamericano , 17 de Dezembro de 2018

O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, publicou nesse domingo (16) dois comunicados diplomáticos emitidos pelo futuro governo do Brasil convidando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para participar da posse do presidente eleito no Brasil, Jair Bolsonaro.
“O governo socialista, revolucionário e livre da Venezuela jamais compareceria à posse de um presidente que é expressão da intolerância, do fascismo e de interesses que são contrários à integração latino-americana e caribenha”, afirmou Maduro ao rechaçar o convite.

Por meio da publicação, Jorge Arreaza desmentiu a informação divulgada também no domingo (16) pelo futuro chanceler do Brasil, Ernesto Araújo, afirmando que o governo de Bolsonaro não tinha convidado o presidente venezuelano.
Araújo publicou no Twitter: “Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do PR Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira.”
Na rede social, o futuro Ministro das Relações Exteriores do governo de Bolsonaro também convocou os demais países a deixarem de apoiar o governo venezuelano, em uma decisão que demonstra a posição do futuro Executivo brasileiro de aumentar a pressão para favorecer os interesses estadunidenses no país bolivariano.
Por sua parte, o governo venezuelano insistiu que o futuro presidente brasileiro deveria retomar as “relações diplomáticas de respeito”, embora também tenha afirmado que sua campanha esteve baseada em “uma mensagem de ódio, de desprezo pela democracia e de confronto aberto, principalmente contra a Venezuela”.
Edição: Resumen Latinoamericano | Tradução: Luiza Mançano

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