Mesmo reaças óbvios fazem a pergunta que não quer calar: onde anda o companheiro de pesca Queiroz?



Por VIOMUNDO - 21/12/2018


Vera Magalhães, do diário conservador quatrocentãoEstadão, não é propriamente uma liberal.
Ela contribui com a rádio Jovem Pan, cuja tendência política é neonazista.
Josias Queiroz é um colunista francamente reacionário, posando de “neutro” no diário conservador Folha de S. Paulo, que emprestou um jornal para espalhar as mentiras da ditadura militar, aFolha da Tarde — e nunca pediu desculpas por isso.
Porém, tanto Vera quanto Josias notaram o sumiço de Fabrício Queiroz, o motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta bancária durante um ano.
Fabrício sumiu. Alegando motivos de saúde, não apareceu no Ministério Público do Rio de Janeiro para explicar sua movimentação bancária.

Jair Bolsonaro, enquanto isso, tuitou e colocou no ar várias lives do Facebook. Discorreu sobre vários temas, sem nunca falar de Fabrício.
Flávio, o filho eleito senador, disse que cabe a Fabrício se justificar.
O colega de pesca de Jair Bolsonaro não apenas movimentou mais dinheiro do que seus salários — na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e na Polícia Militar do RJ — permitiam.
Ele empregou a ex-mulher, a atual e três filhas no gabinete de Flávio Bolsonaro, além da enteada e do ex-marido da atual mulher. Sete pessoas ao todo.
Outro PM empregado por Flávio passou mais da metade do tempo do contrato em Portugal, recebendo normalmente no Brasil.
Nathalia, a filha do motorista Queiroz, trabalhou para Flávio e Jair Bolsonaro, primeiro no Rio e depois na Câmara Federal, em Brasília.
Nos dois casos, exercia ao mesmo tempo funções de recepcionista e professora de academias de ginástica no Rio de Janeiro.
A suspeita óbvia: a família Bolsonaro fazia caixinha com o salário de funcionários fantasmas.
O motorista Queiroz era o caixa.
Por isso, sacava em dinheiro vivo de sua própria conta, abastecida por outros funcionários.
Dinheiro público.
Repassava aos patrões: R$ 24 mil foram destinados à futura dama Michelle Bolsonaro, de um suposto empréstimo que Jair diz ter sido de R$ 40 mil.
Será que os Bolsonaro submetiam os próprios funcionários ao “trabalho escravo” de que acusaram os médicos cubanos, menos o trabalho?
Atribui-se aos militares, sem que haja provas factuais disso, o vazamento do relatório do Coaf que comprometeu Queiroz.
Seria uma forma de queimar a família Bolsonaro e fazer do Mito um refém.
Refém, o Mito faria tudo os que os militares mandarem, numa espécie de ditadura 3.0.
O reaça Josias resumiu, em sua coluna:
O silêncio em relação a Queiroz não foi o único sinal do desaparecimento de Bolsonaro. Indicado para ocupar a poltrona de ministro do Meio Ambiente do governo a ser instalado em 1º de janeiro, o advogado Ricardo Salles foi condenado nesta quarta-feira por improbidade administrativa. Se o “mito” estivesse no controle das redes sociais, o sentenciado já seria a essa altura um ex-quase-futuro-ministro. Mas o fake-Bolsonaro não disse uma mísera palavra no Twitter ou Facebook. Com tantos indícios, os militares que compõem o alto comando da futura administração deveriam providenciar o aparecimento de Queiroz. De resto, precisam solicitar, urgentemente, um teste de DNA do sujeito que se faz passar pelo capitão. Está na cara que este personagem não é o Bolsonaro que 57 milhões de brasileiros escolheram para limpar o Brasil.
O filho mais novo de Bolsonaro, considerado o pitbull pelo pai, já advertiu no twitter:
A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após de sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!
Estaria ele se referindo ao vice, Hamilton Mourão?

Mesmo reaças óbvios fazem a pergunta que não quer calar: onde anda o companheiro de pesca Queiroz?
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