Chanceler de Bolsonaro: “Deus uniu ideias de Olavo de Carvalho ao patriotismo do presidente”

Ernesto Araújo publica texto na edição de janeiro da publicação conservadora dos EUA ‘The New Criterion’. "Meus detratores me chamaram de louco por acreditar em Deus e por acreditar que Deus atua na história, mas eu não me importo"



Ernesto Araújo, o futuro chanceler do Brasil, em foto tirada em 10 de dezembro.
Ernesto Araújo, o futuro chanceler do Brasil, em foto tirada em 10 de dezembro. EVARISTO SA AFP
Avesso a entrevistas, o futuro chanceler do Brasil, Ernesto Araújo, assina um artigo na revista norte-americana The New Criterion no qual diz que a "Divina Providência (em maiúsculas) uniu as ideias de Olavo de Carvalho à determinação e ao patriotismo do presidente eleito, Jair Bolsonaro". O texto, de três páginas, consta na edição de janeiro da publicação de tendência conservadora. Trata-se de uma pouco usual manifestação de Araújo, diplomata que foi indicado ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro por recomendação do filósofo Olavo de Carvalho, maior ícone intelectual da nova direita brasileira.
O homem que comandará a partir de 1º de janeiro as relações exteriores do maior país da América Latina inicia seu texto defendendo que Deus deverá assumir um papel central na vida política brasileira. "Ao longo dos últimos anos o Brasil se tornou uma fossa de corrupção e aflição. O fato de que as pessoas não falavam sobre Deus e não traziam a sua fé para a praça pública certamente era parte do problema", diz. "Agora que um presidente fala sobre Deus e expressa a sua fé de um jeito profundo e sincero, isso deve ser visto como um problema? Pelo contrário, eu estou convencido que a fé do presidente Bolsonaro foi instrumental, não acidental, para a sua vitória eleitoral e para a onda de mudança que está limpando o Brasil."

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