Por ter delatado Lula, Palocci pode cumprir sentença em casa

Foto: Agência Brasil

Por ter delatado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Polícia Federal, em acordo não admitido pelos próprios procuradores da Lava Jato de Curitiba, o ex-ministro Antonio Palocci obteve o benefício de cumprir o resto de sua pena em regime semiaberto.
 
Palocci tentava um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) do Paraná desde que foi preso, em setembro de 2016, réu do juiz de primeira instância Sérgio Moro. Mas os próprios procuradores - que geralmente se mostram interessados em colaborações - consideraram que as narrativas do ex-ministro não eram suficientes e não traziam provas necessárias para a sentença contra Lula.
 
Por isso, desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que a Polícia Federal feche acordos de colaboração, da mesma forma que procuradores do MPF, Palocci obteve a resposta positiva dos delegados. O conjunto de acusações não foi utilizado para sustentar as decisões de Moro em relação a Lula.

Por isso, desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que a Polícia Federal feche acordos de colaboração, da mesma forma que procuradores do MPF, Palocci obteve a resposta positiva dos delegados. O conjunto de acusações não foi utilizado para sustentar as decisões de Moro em relação a Lula.
 
Entretanto, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região considerou que a delação contra Lula, feita junto à Polícia Federal e homologada pelo TRF-4, era suficiente para retribuir o ex-ministro com os benefícios do acordo. Assim, nesta quarta-feira (28), o TRF-4 concedeu a Palocci o benefício pelas informações prestadas sobre Lula. 
 
No julgamento a que Antonio Palocci é alvo, o relator dos processos no TRF-4, desembargador João Pedro Gebran, votou a favor da prisão domiciliar do ex-ministro e sugeriu, ainda, a redução da pena de 12 anos e 3 meses para 9 anos e 10 meses. Esta decisão, contudo, foi interrompida por um pedido de vista e tramita na 8ª Turma do Tribunal.
 

Comentários