A um mês da posse, evangélicos se amotinam contra Bolsonaro
POR NOCAUTE - 29 DE NOVEMBRO DE 2018
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A indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica, que ameaça se rebelar caso não tenha cargos na Esplanada, segundo reportagem do Estadão.
“Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?”, pergunta o pastor Silas Malafaia, que diz manter o apoio “intransigente” a Bolsonaro, porém com liberdade para críticas. Este já é o segundo nocaute no colegiado. O primeiro foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos.
Formado por 180 deputados, o grupo foi consultado por Jair Bolsonaro sobre nomes para a nova pasta, mas acabou surpreendido com a escolha.
Além de Magno Malta, os deputados Fernando Francischini, Alberto Fraga (ambos da bancada da bala) e Pauderney Avelino foram deixados de fora do governo Bolsonaro.
Magno Malta deixou Brasília na última segunda-feira (26) dizendo-se “magoado e machucado” para se isolar num sítio. Reclamava de estar entre os últimos a serem convocados. “Vou receber a marmita?, disse o senador.
Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão (PRTB) pelo veto ao seu nome.
O general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, chegou a dizer que Magno Malta (PR-ES) era um “elefante no meio da sala” e ainda não havia definido qual o papel dele na gestão. “Olha eu não vi nada para o Magno Malta. Eu acho que ainda estão discutindo”, afirmou o vice em conversa com jornalistas, no início de novembro.
“Tem que resolver esse caso. É aquela história, ele desistiu de ser vice de Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, e tem que arrumar um deserto para esse camelo”, ironizou Mourão.
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