PHA: Jessé Souza lança “A Classe Média no Espelho”


Publicado em 23 de out de 2018



Depois do sucesso espetacular de “A Elite do Atraso”, Jessé Souza lança “A Classe Média no Espelho”. Ele critica a divisão clássica de classes A, B e C, porque a renda não explica o principal: como se chega até a classe. “Classe” para Jessé significa reprodução de privilégios e o conhecimento é o principal privilégio. Ele define as classes em:
- 18% são a massa da classe média; - 2% são a classe média alta, o que ele chama de “Bélgica do Congo”; - a verdadeira elite de proprietários não deve ser mais do que 800 pessoas, sendo 600 em São Paulo, segundo um banqueiro entrevistado no livro; - e 80% são os excluídos que já chegam à escola como perdedores. Há excluídos trabalhadores e aqueles que vivem de trabalho precário. 1/3 é de marginalizados. A prova de que a Escravidão continua. Somos filhos da Escravidão. Uma das entrevistadas de Jessé diz frase inesquecível: todo racismo é uma coisa só. Outro entrevistado, principal executivo de um banco, diz que o Banco Central “é a nossa boca de fumo”. O que a gente vê quando põe a classe média diante do espelho? Vê que ela não passa de capataz da verdadeira elite. Que ela morre de medo de cair na posição hierárquica e só apavorou quando percebeu que tinha perdido o monopólio do conhecimento: quando Lula botou oito milhões de jovens pobres na universidade. Aí, o capitalismo moraliza a opressão, manipula o medo e elege os canalhas da moralidade pública! Jessé localiza aí o Bolsonaro. E a classe média no espelho tem futuro? Jessé diz também de forma antológica: “Quem não sabe quem é nunca aprende; quem nunca aprende repete.” Essa entrevista à TV Afiada é apenas uma amostra do magnífico “A Classe Média no Espelho“. Adquira o seu: https://amzn.to/2EziZyT

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