FLORESTAN: NO MOMENTO QUE MAIS PRECISAMOS DOS GRANDES LÍDERES, CIRO VIRA AS COSTAS

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"Qual não foi nossa surpresa ao saber que Ciro embarcou para Europa dizendo que estará de volta em 2022 como candidato. Candidato de quem? Será que ele se acha dono dos mais de 13 milhões de votos que obteve?", questiona o jornalista Florestan Fernandes Júnior sobre a atitude do presidenciável derrotado do PDT; "No momento que mais precisamos dos grandes líderes, Ciro vira as costas e grita antes de sair: Ditadura nunca mais. Um grito perdido no ar. E foi tudo" 


O jornalista Florestan Fernandes Júnior criticou nesta quinta-feira, 11, a apatia e a tibieza de líderes políticos brasileiros em meio à séria ameaça de uma candidatura de sinais fascistas, representada por Jair Bolsonaro (PSL), vença as eleições presidenciais. 

Segundo Florestan, é espantoso ver nossa democracia ameaçada e principais líderes, entre eles o presidenciável derrotado do PDT, Ciro Gomes, fazendo "política pequena e rasteira". "De FHC, passando por Marina e terminando em Ciro. Boa parte de meus amigos e parentes votou no Ciro acreditando que ele seria mais competitivo num segundo turno", disse o jornalista em seu facebook. 
"Muitos dos votos dele vieram dos progressistas preocupados em impedir o avanço fascista no Brasil. E qual não foi nossa surpresa ao saber que Ciro embarcou para Europa dizendo que estará de volta em 2022 como candidato. Candidato de quem? Será que ele se acha dono dos mais de 13 milhões de votos que obteve? No momento que mais precisamos dos grandes líderes, Ciro vira as costas e grita antes de sair: Ditadura nunca mais. Um grito perdido no ar. E foi tudo", acrescenta.
Florestan Fernandes lembra que esteve presente na reunião entre Lula e Brizola logo após o primeiro turno da eleição de 1989. "Brizola estendeu a mão para o líder operário e disparou: Menino você sabe que tirou a presidência de mim, certo? Então trate de ganhar. E lá foram Brizola e Mário Covas para o palanque de Lula dispostos a evitar o pior na primeira eleição direta pós-ditadura. Os dois fazem muita falta no momento mais dramático da nossa democracia", diz ele.

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