Tijolaço: Troca de ofensas entre candidatos é sinal de que vão mal

POR  · 03/09/2018


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Enquanto a imprensa acha “pouco” o fato de que o TSE tenha negado a Lula o direito de ser candidato e cobra que o PT o faça sumir de seus programas de rádio e televisão, o tom sobe e o nível baixa entre os demais concorrentes.
Ciro Gomes  diz que Alckmin “deixa roubar”.
Alckmin reponde que Ciro é um “aloprado fujão”.
E, para Bolsonaro, solta um vídeo onde ele chama mulheres de idiotas, vagabundas e espalma a mão enquanto diz “dá que eu te dou outra” à deputada Maria do Rosário.
Bolsonaro diz que Alckmin é o “cara acusado de roubar a merenda de nossos filhos”.
E, no Acre, promete, segurando um tripé de câmara de TV, “metralhar a petralhada”.

Como se vê, a campanha vai seguindo em altíssimo nível.
Com quase 40 anos de acompanhamento de campanhas, garanto que isso só sinaliza uma coisa: desespero.
Todos eles têm trackings diários, minipesquisas com que mapeiam o comportamento do eleitorado.
E, quando partem para a agressividade, é sinal de que as coisas não estão indo bem.
Sabem que têm de se engalfinhar para disputar metade do eleitorado, pois a outra metade segue sólida com Lula.
O Ibope sai amanhã, o Datafolha na quinta.
O único que pode esperar para crescer chama-se Fernando Haddad.

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