Gilberto Maringoni: O inimigo é o fascismo! Somar tudo e todos contra ele

por Gilberto Maringoni - no DCM - 25 de setembro de 2018


Peço a vocês que gastem um minuto e 17 segundos para assistirem o vídeo acima. É a praia de Copacabana, há poucos dias.
Trata-se de um bando de marginais e lúmpens, recrutados pela campanha do Boçal.
São a versão tropical dos Freikorps, grupos de vândalos paramilitares, surgidos na Alemanha, a partir dos escombros da I Guerra Mundial, entre 1918-20. Eram militares desempregados e a escória social que brotou da crise pós-Versalhes. Sua especialidade: sair pelas ruas, atacando comunistas, gays, judeus e manifestações populares. Criaram o caldo de cultura no qual floresceu o nazismo.

A possível vitória do Boçal nas eleições não agravará a conjuntura nacional apenas por termos a ultrarreação no poder, com repressão aberta e política econômica liberal e privatista.
A situação botará pilha no guarda da esquina, na brutalização das relações sociais, na intolerância, na grossura e na agressividade que já se vê pelas ruas, adubada pela crise econômica.
Com fascistas não se conversa. Há que tirá-los de cena.
É evidente que a derrota eleitoral não é tudo. Essa gente está empoleirada nos tribunais, em setores dos aparatos de segurança e defesa, na mídia e em vários cantos do aparelho de Estado. Mas evitar que cheguem ao Planalto já é meio caminho andado.
Temos a chance de ouro de suplantá-los nas urnas. Contra a ameaça, toda a soma é necessária. Começa a se formar uma poderosa frente antifascista, que estará nas ruas – dirigida pelas mulheres – no próximo sábado, 29.
Outras manifestações têm aparecido. São manifestos, articulações, coalizões etc. Nessa hora, não dá para se colocar uma catraca numa hipotética portaria da frente, determinando quem pode e quem não pode entrar. Não é hora de purismos.
Isso fica para depois da vitória.

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