O elogio da estupidez é discuti-la

POR  · 12/08/2018


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A estupidez sempre existiu, ora com mais, ora com menos evidência.
E não raro com seus braços políticos ultrarreacionários.
Ela não é obra de lunáticos, com o este tal Daciolo, ou de trogloditas, feito Bolsonaro.
É uma ferramenta política, criando “inimigos ideológicos” que desvia as pessoas da compreensão política e abre espaço para a dominação.
A estupidez, assim, não deve ser deplorada, muito menos combatida como um conjunto de ideias, tudo o que ela não é.

Ela é o exército que ataca pelo flanco, para nos desviar do combate principal e, como sabem as táticas militares, constituem-se de contingentes menores, mas aguerridos e barulhentos.
É esse o seu objetivo tático, embora por vezes tão exacerbado que causa problemas à coluna principal de uma direita fraca, sem propostas e sem líderes.
Não me esperem ver discutir “Ursal”, “castração química”, educação militarizada ou outras questões estapafúrdias.
Nosso foco é a crise brasileira, o desemprego, o empobrecimento da população, a alienação de nossas riquezas, a renúncia a sermos um país.
O terreno da chacota e da brincadeira é o deles. Nós estamos diante de outro: o de pessoas vivendo nas ruas, de crianças morrendo na primeira infância, de milhões de famílias sem renda, de riquezas sendo entregues, de um país em frangalho e vendido aos retalhos.
Não temos de, como se diz no Sul, “mostrar as canjicas”, rindo desta gente, por ignorante.
Os “sabidos” são outros, que não tiveram pudores de utilizar estes personagens.
Serviram-lhes todos, os Aécios, os Kim, os Eduardo Cunha. Depois, jogam-nos fora.
O povão não está a fim de gracinhas e de “novidades novas”.
Quer de volta o que lhe tiraram e estão tirando.

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