Nassif: A próxima tacada será no TSE

Tribunal poderá ser a única alternativa para aqueles que querem barrar a candidatura não apenas de Lula, mas de um escolhido do PT 
 
 

Mesmo com a propaganda maciça contra Lula e, finalmente, sua prisão os índices de rejeição contra o ex-presidente e o PT vem caindo na medida em que aumentam em liderança nas pesquisas de intenção de voto. E, quanto mais perto chega-se do primeiro turno da eleição, maiores são as chances de Lula ser bem sucedido na transferência de votos, caso seja barrado para participar do pleito.
 
Diante desse quadro, Luis Nassif avalia que a saída para os grupos que lutam para impedir que PT e Lula voltem ao poder é inviabilizar a chapa deste partido, custe o que custar. Ele lembra, por exemplo, de recente entrevista do cientista político, estreitamente ligado ao PSDB, José Álvaro Moisés para a GloboNews pontuando duas convicções: primeiro que dificilmente Jair Bolsonaro deixará de ir para segundo turno. Portanto, daí vem a segunda convicção, para evitar que o embate no segundo turno seja entre o candidato do PSL e um candidato do PT, sugere que a chapa do PT seja interditada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
 
Outro personagem que merece atenção, segundo Nassif, é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Seu posicionamento na "luta" contra as fake news (notícias falsas), sob o argumento de evitar a influência de informações inverídicas nas eleições, poderá interferir no livre debate de ideias nas redes sociais, campo que para alguns pesquisadores políticos deverá ser decisivo nestas eleições. 
 
"É muito possível que venha pelo TSE a tentativa de brecar não apenas a candidatura do Lula, mas também do PT", afirma Nassif completando que estão entrando no Tribunal três figuras que foram relevantes no golpe parlamentar que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff: a ministra Rosa Weber e os ministros Luis Roberto Barros e Edson Fachin. 
 
 
Nova presidente do TSE, ministra Rosa Weber
Foto: EBC. Rosa Weber toma posse nesta terça-feira (14) na presidência do TSE.
 

Comentários