Dallagnol será investigado por criticar ministros da Segunda Turma do STF

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A corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigam o procurador Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força-tarefa da Lava Lato em Curitiba, por dizer que alguns ministros são "a favor da corrupção".
 
De acordo com Monica Bergamo, a mira é uma entrevista dada por Dallagnol, nesta quarta (15), à rádio CBN, criticando a decisão da Segunda Turma do Supremo de transferir alguns trechos da delação da Odebrecht sobre Lula à Brasília.
 
Dallagnol teria se referido aos ministros de modo pejorativo: A decisão, disse ele, foi tomada "pelos três mesmos de sempre, que tiram tudo de Curitiba e que mandam tudo para a Justiça Eleitoral e sempre dão habeas corpus, estão sempre formando uma panelinha e que mandam uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção".
 
 
Os ministros da Segunda Turma são Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Mas apenas Fachin geralmente adota o posicionamento da Procuradoria-Geral da República, enquanto os outros três ministros abrem a contradição.
 
Dias Toffoli teria pedido ao corregedor-geral do CNMP, Orlando Rochadel, para "apurar" possível infração disciplinar por Dallagnol. 
 
"Instauramos uma reclamação disciplinar. (...) Nessa primeira fase, vamos degravar a entrevista concedida por ele e ver se há algum indício de infração e se há expressões incompatíveis [com o exercício da função]", afirma. Depois vamos pedir explicações e, a partir daí, decidir se abriremos um procedimento administrativo disciplinar", contou o corregedor à coluna de Monica Bergamo.
 

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