Em Curitiba, Celso Amorim fala sobre o interesse internacional no golpe
O objetivo do golpe é manter o Brasil como quintal das potências mundiais
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Roda de conversa com Celso Amorim ex-ministro de relações exteriores no governo Lula e ministro da defesa no governo Dilma / Joka Madruga |
Na manhã desta quinta-feira (12) o diplomata Celso Amorim esteve em uma roda de conversa na Vigília Lula Livre, em Curitiba, na frente da sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente Lula é mantido como preso político desde o dia 7 de abril. Amorim foi ministro das Relações Exteriores nos mandatos de Lula e ministro da Defesa no primeiro mandato de Dilma Rousseff.
Para Amorim, o golpe foi fruto também de uma conspiração contra a soberania nacional para que o brasil fosse mantido na posição de “quintal” das potências mundiais, tal como a América Latina.
O projeto de governo do PT previa que o país se mantivesse, internacionalmente, ativo e altivo. Economicamente, foram criados não só programas sociais internos de distribuição de renda, mas também programas de comércio internacional alternativos; como o BRICS, bloco econômico de relações entre Brasil, Índia, África do Sul, China e Rússia.
Segundo o diplomata, fatos como esse ameaçavam o controle de comércio internacional já mantido por potências europeias e pelos EUA. “Há um sistema muito forte que combina o grande capital com os interesses de inteligência, militares e estratégicos. ”, declarou. Para ele, este foi um dos muitos pilares do golpe, fortemente aliados ao judiciário e à grande mídia do Brasil. “Sem soberania não há democracia”, completou.
Na parte da tarde, Celso Amorim e Franklin Martins, ex-ministro das comunicações, visitam Lula e devem falar em coletiva de imprensa, bem como participar do "boa noite" ao ex-presidente.
Edição: Juca Guimarães
Edição: Juca Guimarães
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