Alckmin é o candidato de Temer, diz Gleisi, que reafirma Lula

ELEIÇÕES 2018
Para senador Lindbergh, que também participou de plenária da CUT, o "centrão" deveria se chamar "direitão". Movimentos preparam marcha para registro da candidatura do ex-presidente em 15 de agosto

por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 20/07/2018

JORDANA MERCADO/CUT SÃO PAULO
encontro interestadual cut
"Alckmin é o candidato do Temer, da Globo, do pacto das velhas elites brasileiras", disse a senadora
 A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), não demonstrou preocupação com o apoio do chamado "centrão", bloco partidário conservador, ao tucano Geraldo Alckmin para a disputa da Presidência da República. "Acho que ainda é pouco o horário que ele vai ter na TV, pouco para justificar o golpe", afirmou Gleisi durante plenária da CUT com sindicalistas de São Paulo e do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (20), na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ela ratificou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Alckmin é o candidato do Temer, da Globo, do pacto das velhas elites brasileiras", acrescentou a senadora, para quem os adversário têm "medo" de Lula. A presidenta petista reafirmou que ele "estará no processo eleitoral e será candidato a presidente da República". Pesquisa qualitativa divulgada hoje, durante reunião do partido, mostrou que "as pessoas não querem outro candidato para votar".

Para Gleisi, o registro de candidatura de Lula, em 15 de agosto, em Brasília, seria "a coisa mais afrontosa que podemos fazer ao sistema", uma demonstração de não reconhecimento da condenação do ex-presidente. "Estamos com a pré-campanha montada. Hoje, aprovamos as diretrizes." Ela informou ainda que no dia do registro haverá manifestações em embaixadas brasileiras pelo mundo.
"Quem jogou o país na instabilidade foram eles", disse a senadora. "Vários candidatos já concorreram, inclusive com registro suspenso", acrescentou, chamando Lula de "próximo presidente da República".
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada, disse que esta não é uma eleição "comum", mas aquela em que se pretende "derrotar o golpe", e com essa perspectiva Lula é personagem central, "porque ele fala com o Brasil profundo". 
Ele ironizou o apoio do bloco conservador a Alckmin. "O 'centrão' devia se chamar 'direitão'. Essa foi a decisão da burguesia brasileira", comentou Lindbergh, destacando decisão desta semana do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou pedido do Movimento Brasil Livre para declarar Lula inelegível desde já.

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