Putin sobre sanções do Ocidente: 'Ou Rússia será soberana, ou não haverá nenhuma Rússia'
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, na véspera de sua visita oficial ao gigante asiático concedeu entrevista à Corporação de Meios de Comunicação da China no âmbito da qual abordou as relações entre Moscou e Pequim, assim com vários temas da atualidade internacional.
No âmbito de sua visita à China, Putin participará da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), que será celebrada de 9 a 10 de junho. Durante a entrevista, o presidente indicou que a OCS foi criada como uma organização "bastante modesta", mas atualmente se transformou em um organismo de "enormes recursos": um quarto do PIB mundial corresponde a seus países membros, onde vive 43% da população mundial e que cobrem 23% do território do planeta.
Cooperação sino-russa
"China e Rússia são vizinhas. Estamos conversando durante séculos, temos vínculos e raízes históricas muito profundas", recordou o presidente russo.
Atualmente, "China é sócia número 1 da Rússia", indicou Putin. "No passado, o volume total de trocas de mercadorias cresceu e alcançou US$ 87 bilhões (R$ 331 bilhões), e até agora, neste ano, durante os quatro primeiros meses, registrou-se o mesmo crescimento que tivemos em todo o ano passado", salientou o presidente.
© REUTERS / ALESSANDRO BIANCHI
Além disso, o presidente russo destacou que tem uma relação muito boa com o líder chinês, Xi Jinping.
Passos rumo à desnuclearização da Coreia do Norte
As posturas de Moscou e Pequim em relação à solução da situação na península coreana são "muito próximas ou completamente coincidentes", afirmou Putin. Ambos os países foram iniciadores do roteiro para resolver as tensões entre as duas Coreias.
Putin valorizou "as medidas sem precedentes" que foram adotadas pela Coreia do Norte com o objetivo de reduzir a tensão: anunciou a conclusão de testes nucleares e mísseis balísticos e destruiu um dos seus maiores polígonos para testes nucleares. "Tudo isso, é claro, são passos práticos para a desnuclearização, e esse é o nosso objetivo final comum", ressaltou.
Ele também indicou que entende que a Coreia do Norte pede garantias absolutas a respeito de sua segurança antes de efetuar a desnuclearização completa, "especialmente depois dos trágicos acontecimentos que ocorreram na Líbia e no Iraque".
Putin qualificou de "valente e madura" a decisão de seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de se reunir pessoalmente com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e expressou o desejo de que a cúpula entre os líderes traga "resultados positivos".
Rússia não abandonará seu caminho soberano
O líder russo expressou o desejo de que o "bom senso prevaleça", e que todas as restrições, "ilegais e prejudiciais à economia global", sejam canceladas gradualmente para a normalização das relações de Moscou com todos os parceiros, incluindo os EUA e "outros países que dançaram ao som que tocou" Washington, e também impuseram sanções antirrussas e agora começaram a sofrer as consequências negativas de sua decisão.
Copa do Mundo de 2018
Além disso, o presidente nomeou seus jogadores de futebol favoritos e entre as seleções, que poderiam levar a taça da Copa do Mundo de 2018, destacou as da Argentina, Brasil, Alemanha e Espanha. "Sem dúvida haverá outros competidores, mas o mais forte ganhará", concluiu o presidente.
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