Forma mais comum de câncer da mama poderá não diminuir com quimioterapia

Estudo concluiu que, em determinados grupos de mulheres com a forma mais comum de câncer da mama, a quimioterapia não tem qualquer impacto na taxa de sobrevivência. Surge assim a possibilidade de poupar 70 mil doentes à necessidade de se submeterem a este tipo de tratamento.

esquerda.net - 04/06/2018

Forma mais comum de cancro da mama poderá não diminuir com quimioterapia
Foto de Governosp/Flickr.
A maioria das mulheres com a forma mais comum do câncer da mama poderá evitar a quimioterapia, uma vez que esta não tem impacto no combate ao cancro – é esta a conclusão do mais recente e maior estudo já realizado sobre tratamentos para este tipo de doença oncológica.
O estudo foi conduzido com pacientes com câncer em estadio inicial, que ainda não se espalharam pelos gânglios linfáticos, alimentado por hormonas e que não é tratado com o medicamento Herceptin. Segundo o noticiado pela BBC, foram analisados os níveis de atividade de 21 genes que funcionam como marcadores para se estabelecer o grau de agressividade do câncer.

Posteriormente, determinou-se que as mulheres com uma pontuação mais elevada no teste necessitavam de ser submetidas a quimioterapia, mas as que tinham uma pontuação reduzida ou intermédia (a maioria) não. Ou seja, a testagem genética demonstrou que a maioria das mulheres necessita da cirurgia e dos bloqueadores hormonais, mas que a quimioterapia não melhora a sua sobrevida.
O estudo determinou que, nos casos de mulheres com pontuação intermédia que eram submetidas à quimioterapia, as hipóteses de sobrevivência não aumentam. A taxa de sobrevivência passados nove anos era de 93,9% junto das mulheres que não fizeram quimioterapia e de 93,8% junto das mulheres que fizeram. Recorde-se que a quimioterapia é muitas vezes usada após a remoção de tumores e tem como objetivo a redução da hipótese de desenvolvimento de metástases ou de reincidência da doença.
Os resultados do estudo, publicado na revista New England Journal of Medicine, apontam para a possibilidade de poupar 70 mil doentes nos Estados Unidos da América à necessidade de se submeterem a este tipo de tratamento.
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