Canábis medicinal aprovada no Parlamento de Portugal
O Parlamento aprovou a legalização da canábis para fins medicinais, apenas com a abstenção do CDS. O texto final da lei foi elaborado na comissão parlamentar de saúde, a partir das iniciativas do Bloco de Esquerda e do PAN.
esquerda.net - 15/06/2018
esquerda.net - 15/06/2018
Foto de Martijn/Flickr.
A Assembleia da República aprovou o uso da planta da canábis para fins medicinais. Em votação esteve o texto final já aprovado na comissão parlamentar de saúde, cuja origem foram os projetos de lei do Bloco de Esquerda e do PAN.
Este projeto reforça o papel do Infarmed e introduz a possibilidade de o Laboratório Militar contribuir para a produção das substâncias em causa. De fora ficou a proposta inicial do Bloco de Esquerda que incluía a possibilidade de auto cultivo para fins medicinais. O projeto teve votos favoráveis de todas as bancadas, exceto do CDS-PP, que se absteve.
Moisés Ferreira voltou a lembrar que já existiam muitas evidências cientificas da segurança do uso da canábis para fins medicinais. “Fizemos um processo de especialidade onde constatámos precisamente isso. Que há muitos doentes que esperavam por esta legalização para poder aceder à terapêutica de que necessitam. No processo de especialidade constatámos também que, apesar de muitas vezes se dizer que não era preciso haver legislação nenhuma, ela era necessária porque esta terapêutica não estava a chegar a ninguém”.
O documento estipula que deve ser um médico a prescrever este tipo de medicamentos ou preparações à base de canábis, em que são consideradas substâncias que vão desde os óleos até à flor desidratada, mas só se outras terapêuticas convencionais tiverem efeitos adversos ou indesejados.
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