Lula: “Ciro tem mais a receber do que a dar ao PT” . Por Marcelo Euler

por Marcelo Euler - 21/05/2018

Foto de Ricardo Stuckert
A decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de antecipar para o próximo domingo (27/05) atos públicos defendendo a sua pré-candidatura à presidência da República – “em todas as cidades onde existir um núcleo do PT, independentemente do número de militantes que se reunir”, como explicou o deputado Wadih Damous – é uma resposta aos petistas que falam em um acordo político com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. Isto acontece, em especial, com governadores do nordeste que buscam a reeleição.
No entendimento de Lula, Ciro Gomes “tem menos a oferecer aos candidatos petistas do que a receber deles” em uma aliança eleitoral. Entre petistas há o entendimento de que o pedetista busca uma vaga no segundo turno das eleições de outubro, o que ainda não conseguiu garantir. Ainda assim, ele fala em retirada da candidatura de Lula ou até mesmo de outro petista. O petista não tem intenção de receber, pelo menos por enquanto, o pré-candidato e a direção do PDT na cadeia.

Lula, nas conversas que mantém com os que o visitam, não esconde a irritação com aqueles que pensam em desfraldar a bandeira da aliança com o pedetista.  Desconsideram que ele, mesmo preso há mais de um mês, continua à frente – com larga margem de diferença – na opção dos eleitores. Já Ciro Gomes, como mostrou a última pesquisa eleitoral CNT/MDA, não ultrapassou ainda Marina Silva, da Rede.
Pela pesquisa, no cenário em que Lula é incluído como candidato, desponta com 32,4% das intenções dos votos enquanto Jair Bolsonaro (PSL) fica em segundo com o apoio de 16,7%. Em terceiro lugar surge Marina com  7,6% e Ciro Gomes, ainda que empatado tecnicamente com ela já que a margem de erro é de 2,2 pontos, aparece com apenas 5,4%.

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