Comovente campanha de atrizes argentinas em apoio ao aborto legal

.
Buenos Aires, 22 mai (Prensa Latina) Um grupo de renomadas artistas argentinas lideram hoje uma comovente campanha com o primeiro de 10 anúncios publicitários em apoio ao aborto legal, seguro e gratuito no país.

Em meio ao debate a favor e contra que se dá nesta terra austral por uma lei de interrupção da gravidez, que clamam centenas de mulheres, artistas como Cecilia Roth, Laura Novoa, Florencia Peña, Soledad Villamil e Victoria Onetto protagonizam um vídeo com histórias da vida real de mulheres que morreram por este procedimento em condições sub-humanas.


O coletivo de Mulheres Audiovisuais junto a Atrizes Argentinas lançaram o primeiro de uma série de 10 vídeos difundidos nas redes sociais, onde encarnam histórias reais de argentinas que se submeteram a este procedimento de maneira clandestina.

Com esta iniciativa, buscam respaldar a Campanha Nacional pelo Aborto seguro, legal e gratuito, que pede a urgente lei, a qual, depois de vários debates onde participaram várias vozes, chegará em 13 de junho à Câmara de Deputados do Congresso Nacional.

'Somos Histórias. Nossas vidas, nossa saúde, nossas decisões importam' é o título desta série que parte de uma recompilação de relatos em primeira pessoa coletados pelas Mulheres Audiovisuais através das redes sociais.

Com sua voz dilacerante, Cecilia Roth é a encarregada de narrar em primeira pessoa a história de uma das tantas mulheres que morreram neste país vítima deste flagelo.

'Lucrecia tinha 39 e uma filha de quatro anos, era a irmã de minha mãe, minha tia, afirma e acrescenta: uma manhã de cinco de julho chamaram a minha mãe para dizer-lhe que Lucrecia estava muito mal... tinha uma septicemia... morreu em 13 de julho de 1968'.

Em 6 de março passado, a campanha levou ao Congresso o projeto, que conta com uma cifra recorde de assinaturas de 71 deputados de todas as expressões políticas que respaldam a discussão.

Enquanto no interior do Poder Legislativo há vários que se opõem, outros reafirmam que a sociedade está pronta para abordá-lo. Hoje, na Argentina, este método de interrupção da gravidez é um crime descrito no Título I, Capítulo I Crimes contra a vida do Código Penal, que estabelece como aborto não punível o que for praticado com o fim de evitar um risco para a vida ou saúde da mulher ou a interrupção por violação ou por um atentado ao pudor cometido contra uma mulher com deficiência mental.


pgh/may/mm/gdc

Comentários