Ex-presidente peruano será acusado por esterilizações forçadas
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Lima, 26 abr (Prensa Latina) A ordem da Promotoria de denunciar o indultado ex-presidente Alberto Fujimori pela esterilização em massa de mulheres pobres e indígenas, motivou hoje satisfação em organizações de mulheres e de defesa dos direitos humanos.
A ordem do promotor superior Luis Landa, de denunciar Fujimori como autor imediato do que alguns consideram genocídio, confirmou também que o indulto que o retirou do cárcere há quatro meses não saldou as dívidas do ex-governante (1990-2000) com a justiça.
A organização de direitos da mulher Demus realçou a medida, celebrou a medida que declara como co-autores do delito de lesões graves em um contexto de violação de direitos humanos aos ex-ministros de Saúde Alejandro Aguinada, Marinho Costa e Eduardo Yong.
O longo processo de investigação do caso estava no limbo depois da decisão da promotora Marcelita Gutiérrez, quem em 2016 arquivou caso sem assinalar responsabilidades nem formular denúncia ante o Poder Judicial.
Uma queixa de um grupo de vítimas foi acolhida por Landa, que anulou a medida de Gutiérrez e dispôs que se formule acusação contra Fujimori e suas ex-ministros, entre outros coautores.
O promotor, segundo Demus, marcou assim uma meta contra a impunidade da política de esterilizações forçadas que, segundo uma estimativa da Defensoria do Povo, afetou 272 mil mulheres humildes, privadas da possibilidade de conceber pela força ou de forma enganosa.
Desse total de mulheres indígenas e camponesas em situação de extrema pobreza esterilizadas, só 4.749 mulheres registradas como vítimas entre estas 2.166 denunciaram sua condição de vítimas há 15 anos, sem obter justiça.
Uma das denunciantes, Nilda Guerrero, declarou que 'me sinto feliz porque agora há esperança que os culpados vão para a cadeia' depois de quatro arquivamentos, enquanto fontes judiciais estimam que a investigação preparatória da denúncia ante os tribunais demorará pelo menos um ano.
No processo eleitoral de 2016, Keiko Fujimori, filha do ex-governante, tentou minimizar as esterilizações forçadas sob o denominado Programa Nacional de Saúde Reprodutiva e Planejamento Familiar e disse que só se trata de alguns casos, dos que culpou os médicos.
No entanto, existem numerosos depoimentos e evidências do caráter forçado da campanha de esterilizações, que incluiu estímulos econômicos e pressões ao pessoal de saúde para que cumpra metas quantitativas, segundo diversas denúncias.
ga/mrs/bj/gdc
A organização de direitos da mulher Demus realçou a medida, celebrou a medida que declara como co-autores do delito de lesões graves em um contexto de violação de direitos humanos aos ex-ministros de Saúde Alejandro Aguinada, Marinho Costa e Eduardo Yong.
O longo processo de investigação do caso estava no limbo depois da decisão da promotora Marcelita Gutiérrez, quem em 2016 arquivou caso sem assinalar responsabilidades nem formular denúncia ante o Poder Judicial.
Uma queixa de um grupo de vítimas foi acolhida por Landa, que anulou a medida de Gutiérrez e dispôs que se formule acusação contra Fujimori e suas ex-ministros, entre outros coautores.
O promotor, segundo Demus, marcou assim uma meta contra a impunidade da política de esterilizações forçadas que, segundo uma estimativa da Defensoria do Povo, afetou 272 mil mulheres humildes, privadas da possibilidade de conceber pela força ou de forma enganosa.
Desse total de mulheres indígenas e camponesas em situação de extrema pobreza esterilizadas, só 4.749 mulheres registradas como vítimas entre estas 2.166 denunciaram sua condição de vítimas há 15 anos, sem obter justiça.
Uma das denunciantes, Nilda Guerrero, declarou que 'me sinto feliz porque agora há esperança que os culpados vão para a cadeia' depois de quatro arquivamentos, enquanto fontes judiciais estimam que a investigação preparatória da denúncia ante os tribunais demorará pelo menos um ano.
No processo eleitoral de 2016, Keiko Fujimori, filha do ex-governante, tentou minimizar as esterilizações forçadas sob o denominado Programa Nacional de Saúde Reprodutiva e Planejamento Familiar e disse que só se trata de alguns casos, dos que culpou os médicos.
No entanto, existem numerosos depoimentos e evidências do caráter forçado da campanha de esterilizações, que incluiu estímulos econômicos e pressões ao pessoal de saúde para que cumpra metas quantitativas, segundo diversas denúncias.
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