Eleições em Itália: deputadas do GUE reagem

Eurodeputadas italianas reagem aos resultados das eleições de 4 de março, de acordo com as quais não será possível formar um governo sem a participação do Movimento 5 estrelas ou da Liga.

esquerda.net - 09/03/208


Os partidos anti-sistema, o Movimento 5 Estrelas e a Liga, tiveram mais de 50% dos votos, e não será possível formar um governo sem pelo menos um deles.
Os partidos anti-sistema, o Movimento 5 Estrelas e a Liga, tiveram mais de 50% dos votos, e não será possível formar um governo sem pelo menos um deles.
Eleonora Forenza, reagiu aos resultados das eleições italianas, dizendo estar particularmente preocupada com o apoio à direita europeia, incluindo a Marine Le Pen. Barbara Spinelli perspetiva um “renascimento possível, embora lento, da esquerda”.
“O Movimento 5 Estrelas fez uma campanha anti-imigração, capturando, na sua ambiguidade pós-ideológica, a raiva social que deriva dos efeitos das políticas neoliberais. A derrota do centro-esquerda é o resultado de anos de políticas neoliberais e do apoio a reformas contra os trabalhadores e o estado social”, disse Forenza, membro do Partido da Refundação Comunista.


“Neste contexto de viragem geral à direita, o anti-racismo e o anti-fascismo não mais representam valores constitucionais partilhados por todo o especto político eleito. 'Potere al Poppolo', em apenas três meses e apesar de ter sido totalmente ignorado pelos mídia, conseguiu um resultado que é pequeno em termos eleitorais, mas muito importante em termos políticos. Isto é particularmente importante para o projeto futuro de unir pessoas, lutas e movimentos”, afirma, concluindo que o cenário pós-eleitoral em Itália deve ser uma oportunidade para que a esquerda possa unir-se.
Barbara Spinelli, independente eleita, aponta no mesmo sentido, dizendo que “para a Esquerda, este foi um dia de um falhanço monumental, mas também ofereceu alguma clareza sobre um renascimento possível, embora lento”.
As eleições legislativas em Itália realizaram-se no passado 4 de março. Os partidos anti-sistema, o Movimento 5 Estrelas e a Liga, tiveram mais de 50% dos votos, e não será possível formar um governo sem pelo menos um deles.

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