Nelson Jobim diz ser contra auxílio moradia para juizes
. |
247 - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim afirmou ser contra o auxílio-moradia, polêmica que vem ganhando os holofotes da imprensa, com o subsídio concedido a nomes da Justiça como o procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol, e os juiz Sergio Moro e Marcelo Bretas, responsáveis pelo julgamento dos processos da operação em primeira instância no Paraná e no estado do Rio de Janeiro, respectivamente.
"Em 2002, mais ou menos, fizemos um reajuste, estruturação da remuneração da magistratura e criou o subsídio, que veda qualquer tipo de valores fora do conjunto. Então não se pode alegar que a Lei Orgânica da Magistratura que previa com auxílio, anterior à Constituição de 88, autorize algo estabelecido que o subsídio é unica remuneração existente. Terá de haver alteração constitucional", afirmou ele durante entrevista ao Money Report.
"Há momento da disfuncionalidade do sistema político, do executivo, do legislativo e também o Judiciário, que começou a pretender ser fonte de direito", acrescentou.
A polêmica envolvendo o auxílio-moradia do magistrado veio após uma matéria do jornal Folha de S. Paulo apontar que ele recebe R$ 4.378 deste benefício, mas, com salário-base de R$ 28.948, remuneração bruta dele chega a R$ 34.210, se somados os benefícios. Vale ressaltar que o valor está acima do teto constitucional do setor público, de R$ 33.763.
Mas o curioso é que, em determinados meses, o valor pode ser ainda maior. Em dezembro de 2017, por exemplo, o juiz ganhou R$ 6.838 em gratificações, aumentando o salário para R$ 41.047.
Ao justificar o benefício, o magistrado disse “o auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados".
O juiz Marcelo Bretas havia ido ao Twitter defender o direito a acumular o recebimento de auxílio-moradia com a esposa, também juíza Simone Bretas. "Pois é, tenho esse 'estranho' hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUST
Comentários