Mesmo sem convite, Maduro ameça participar de Cúpula das Américas

Nicolás Maduro, presidente venezuelano, em uma noite de homenagem a Hugo Chávez em Moscou, no jardim Ermitage
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Sputnik Brasil - 19/02/2018

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira (15) que líderes de direita da América Latina mostraram intolerância ao tentarem excluí-lo da Cúpula das Américas - mas ele poderá ir mesmo sem ser convidado.
O Peru afirmou nesta semana que o presidente venezuelano não será bem recebido no evento que será realizado em Lima nos dias 13 e 14 de abril.
"Vocês têm medo de mim? Não querem me ver em Lima. Vocês irão me ver. Porque faça chuva ou faça sol, por ar, terra, ou mar, eu irei participar da Cúpula das América", disse Maduro durante entrevista coletiva a jornalistas estrangeiros.O líder venezuelano disse que o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, tem dificuldades para falar espanhol e não conhece a realidade da região. 

Maduro também disse que o presidente de centro-direita da Argentina, Mauricio Macri, deveria convocar um encontro da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) com ele.
"Convoque um encontro, ouse, não tenha medo de mim, presidente Macri", disse Maduro. "Se vocês querem falar sobre a Venezuela, vamos falar sobre a Venezuela."
Sobre as críticas pela antecipação das eleições presidenciais para 22 de abril, Maduro disse que o pleito irá acontecer com ou sem a oposição. "Se a oposição não se inscrever, haverá eleições em 22 de abril e haverá um presidente legítimo que governará até 2025."
Críticos ao governo dizem que Maduro há anos tem se recusado a escutar conselhos de que deveria reformar a economia em colapso da Venezuela, que provocou escassez de alimentos e remédios, hiperinflação, fome e retorno de doenças no passado controladas. Críticos também dizem que Maduro se recusa a reconhecer a extensão do sofrimento humanitário na Venezuela, de modo que reuniões são inúteis. 
Maduro diz que governos regionais de direita são parte de uma conspiração internacional liderada pelos Estados Unidos para derrubá-lo e tomar controle dos recursos de petróleo do país membro da Opep.
"Eles são os governos mais impopulares do planeta", disse, citando Argentina, Colômbia e Peru.


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