Um ano após acidente, filho de Teori diz não descartar homicídio do pai

DCM - Postado em 4 de janeiro de 2018 


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Do UOL:
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Passados quase 12 meses, as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, órgãos que podem apontar eventuais responsáveis pela queda da aeronave, seguem sem um resultado final.
A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que o órgão responsável por esse tipo de apuração, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), “não trabalha com prazos para a investigação de acidentes”. “O processo é proporcional à complexidade da ocorrência”, informou, em nota, a instituição.
O resultado da investigação da FAB visa descobrir a causa do acidente para prevenir eventuais tragédias no futuro.
“Eu ficaria mais feliz se descobrisse que foi um acidente”
Segundo o filho do ministro, “um ano sem resposta, para a família, é uma agonia”.

“Imagino que, em um caso dessa repercussão, a polícia esteja tomando todas as medidas cabíveis e adotando todas as precauções para que se tenha a conclusão mais segura possível. Mas acho que se justificam as ilações de que também possa ter havido homicídio, já que eram tantas as coincidências e já que o momento era tão propício…”, afirmou, referindo-se à proximidade de homologação das delações pelo relator dos processos no Supremo.
Quero acreditar que foi um acidente; eu ficaria mais feliz se descobrisse que foi –até porque, não tenho nenhum dado objetivo que diga que foi ou não um homicídio, já que as investigações não terminaram. Quero ler as conclusões [do inquérito] e tirar as minhas próprias conclusões”
Mas ressalvou: “Ainda não consegui conviver direito com essa perda, ainda não me conformei. Parece que foi ontem e, ao mesmo tempo, parece uma ferida que nunca sara”.
Na avaliação dele, Teori representava uma espécie de “ponto de equilíbrio”, dentro do Supremo, em meio à pressão política pelos efeitos da Lava Jato.
“Ele trazia uma harmonia dentro do tribunal, ainda que ele próprio, em dado momento, tenha sentido essa pressão. Embora a relatoria da Lava Jato tenha caído em ótimas mãos [por sorteio, ao ministro Edson Fachin], vejo que a operação perdeu um pouco o ritmo que tinha, assim como se perdeu a própria força que tinha dentro do tribunal –o próprio fato de existirem movimentos para revisar algumas decisões contrárias aos investigados, como a prisão após o julgamento em segunda instância, demonstra esse arrefecimento da operação”, afirmou.
Sobre a postagem de maio passado, em que defendeu o impeachment de Temer, o advogado evitou polemizar. Mas disse: “ainda traduz o que penso”.
Que exemplos ficaram do pai ministro, um ano após a perda?
Meu pai sempre fez o que acreditava que era o certo, independentemente das consequências pessoais que isso pudesse trazer a ele. Como brasileiros, precisamos acreditar que tem gente honesta nesse mundo e valorizar essas pessoas e a força delas.”
A reportagem indagou que tipo de brasileiro, na avaliação do advogado, expressa hoje a “gente honesta” a quem ele se refere.
“Com certeza, o ministro Fachin. Trata-se de uma pessoa acima de qualquer suspeita, é um grande brasileiro, e vejo o quanto ele está sofrendo por estar na posição que ocupa hoje”, concluiu.
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