Plutarco, Platão e Epiteto: Amar exilados. Amar aprender. Viver desperto.

12/1/2018, sententiaeantiquae @sentantiq [sentenças antigas]

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Postado por 

Plutarco, Consejos politicos sobre el exilio [ing. On Exile 604ª]

"Mas 'exílio' é insulto. Na verdade, só é insulto entre os idiotas que usam como ofensa "homem pobre", "calvo", "baixo" e, por Zeus, "estrangeiro" ou "imigrante". Mas os que não sejam obcecados por assim insultar admiram pessoas boas, sejam pobres, estrangeiras ou exiladas."


λλ᾿ πονεδιστον  φυγς στιπαρ γε τος φροσιν, ο κα ν πτωχν" λοιδρημα
ποιονται κα ν φαλακρν" κα ν μικρν" κα ν Δα ν ξνον" κα ν μτοικον." λλ μν ο μτοτοις ποφερμενοι θαυμζουσι τος γαθοςκν πνητες σικν ξνοικν φυγδες.


Platão, A República [ing. Republic 6 499e-500ª]


"Amigo, disse eu, não descarte completamente, desse modo, a maioria do povo. Com certeza têm opinião diferente, se em vez de se pôr a brigar com a maioria, você lhes mostra a gente que você diz que são filósofos, que persuadem a maioria, trabalhando contra o preconceito das pessoas contra o amor de aprender. – Se você demarca essa diferença, as pessoas saberão que são tais a natureza e o trabalho dos filósofos, que elas deixarão de crer que você esteja falando de algum tipo diferente de gente.

E ainda que não vejam as coisas desse modo, você diria que não darão resposta diferente e responderão diferentemente? Ou você acha que alguém que esteja calmo e gentil ficará furioso com alguém que não seja difícil, ou terá ciúmes de alguém que não esteja enciumado? Começo por dizer que natureza assim tão empedernida desenvolve-se apenas em algumas pessoas, não na maioria."


 μακριεν δ’ γμ πνυ οτω τν πολλν κατηγρειλλοαν τοι δξαν ξουσινἐὰν ατος μφιλονικν λλ παραμυθομενος κα πολυμενος τν τς φιλομαθας διαβολν νδεικνύῃ ος λγεις500τος φιλοσφους, κα διορζ σπερ ρτι τν τε φσιν ατν κα τν πιτδευσιννα μ γντα σελγειν ος ατο οονταικα ἐὰν οτω θενταιλλοαν τοιφσεις ατος δξαν λψεσθαι κα λλαποκρνεσθαι οει τιν χαλεπανειν τ μ χαλεπ  | φθονεν τ μ φθονερ φθονν τε κα προν ντα;γ μν γρ σε προφθσας λγω τι ν λγοις τισν γομαιλλ’ οκ ν τ πλθειχαλεπν οτω φσινγγνεσθαι.


Epiteto, Discursos de Epiteto [lat. Epitectus’ Dissertationes ad Arriano Digestae 1.5

"Disse Epiteto que se alguém resiste contra o que é claramente verdadeiro, nesse caso não é fácil montar um argumento para persuadi-lo a mudar de ideia. Deve-se isso não à força do homem nem à fraqueza do professor, mas, sim, porque quando alguém é atacado e enrijece até petrificar-se, como conseguiria alguém convencê-lo de seja o que for, pela razão?

Há duas vias pelas quais os homens endurecem e tornam-se impenetráveis pela razão: uma é a petrificação do pensamento; a outra vem da vergonha, sempre que alguém é de tal modo empurrado à batalha, que não reconhecerá nem o óbvio nem se separará dos que combatem ao seu lado. Muitos temem a necrose do corpo e farão qualquer coisa para evitar que aconteça; mas absolutamente nunca pensamos sobre a mortificação da mente. Por Zeus! Se um homem é de tal modo despossuído no plano mental que não consiga acompanhar qualquer raciocínio ou compreender coisa alguma e é tratado e descartado completamente de tal mdo que ele não consegue acompanhar uma discussão e compreender alguma coisa, achamos que esteja doente. Mas se a vergonha ou a autopreocupação enrijece um homem, continuamos a chamar de força o que é rigidez!

Você sente que está desperto e atento? "Não", responde ele. "Não mais do que quando acredito que estou desperto, quando sonho". A fantasia do sonho em nada difere de estar desperto sem dormir? "Em nada."

Como é possível manter uma conversa com esse homem? Que tipo de fogo ou ferro tenho de levar a ele, para que perceba que foi convertido em rocha dura? Embora perceba, finge que não percebe. É ainda pior do que se fosse cadáver. O homem não percebe o conflito – está doente. Outro percebe e nem se move nem responde – esse é ainda pior. Seu senso de vergonha e a autopreocupação foram amputados, e a razão nele não foi estimulada e, em vez disso, foi mutilada.

Deve-se chamar força a isso? Não é possível, a menos que eu também deva chamar de força quando pervertidos fazem e dizem em público o que quer que lhes ocorra."

ε′. Πρς τος ᾿Ακαδημαικος.
Αν τιςφησννστηται πρς τ γαν κφανπρς τοτον ο ῥᾴδιν στιν ε<ρεν λγ>ονδι’ ο μεταπεσειτις ατντοτο δ’ οτε παρ <τν κε>νου γνεται δναμιν οτε παρ τν το διδσκοντος σθνειανλλ’ταν παχθες πολιθωθπς τι χρσητα τις ατ δι λγου;
᾿Απολιθσεις δ’ εσ διττα·  μν το νοητικο πολθωσις δ το ντρεπτικοταν τις παρατεταγμνος μ πινεειν τος ναργσι μηδ’ π τν μαχομνων φστασθαιο δ πολλο τν μν σωματικνπονκρωσιν φοβομεθα κα πντ’ <νμηχανησαμεθα πρ το μ περιπεσεν τοιοτ τιντς ψυχς δ’πονεκρουμνης οδν μν μλεικα ν Δα π ατς τς ψυχς ν μν  οτως διακεμενοςστε μηδεν<>παρακολουθεν μηδ συνιναι μηδνκα τοτον κακς χειν οἰόμεθα· ν δ τινος τ ντρεπτικν κα αδμονπονεκρωθτοτο τι κα δναμιν καλομεν.
Καταλαμβ

Καταλαμβνεις τι γργορας; ‘οφησν· ‘οδ γρταν ν τος πνοις φαντζωμαιτι γργορα’οδνον διαφρει ατη  φαντασα κενης; ‘οδν’τι τοτ διαλγομαι; κα ποον ατ πρ  ποον σδηρονπροσαγγων’ ασθηται

Heráclito [frag. 73]

"Não é certo agir e falar como homem que dorme."

ο δε σπερ καθεύδοντας ποιεν κα λέγειν·



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