Em vídeo Lula diz à Africa que no Brasil vivemos ditadura e clima de terror.

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Em 2013, a União Africana e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) organizaram em conjunto com o Instituto Lula uma Reunião de Alto Nível para discutir estratégias inovadoras para acabar com a fome na Áfica até 2025. Cinco anos depois daquela primeira reunião, o ex-presidente Lula – figura referência mundial no combate à fome e à miséria – foi convidado para voltar à sede da União Africana, na Etiópia para debater o tema. O modelo brasileiro de combate à fome foi adotado em programas-piloto em quatro países africanos as novas metas do Milênio da ONU estabeleceram o ano de 2030 para que nenhuma criança passe fome no continente.
Um juiz brasileiro de primeira instância proibiu Lula de participar do encontro.
O ex-presidente gravou a mensagem abaixo para ser exibida na reunião em Adis Abeba, que contará com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, e de diversos líderes africanos.

"Por isso companheiros eu quero dizer para vocês que a fome no mundo hoje não é mais falta de alimento, porque o mundo produz alimento de sobra. A fome no mundo hoje é na verdade falta de dinheiro para o povo mais humilde poder comprar, e dinheiro também não falta no mundo, porque são trilhões e trilhões de dólares que ficam sobrevoando os oceanos, especulando, ganhando dinheiro sem produzir uma única peça, vivendo de exploração, como nós sabemos que existe no mundo inteiro."
Veja a íntegra da mensagem:



O Instituto Lula e a ÁfricaA experiência brasileira no combate à fome e à miséria a partir do governo Lula é referência mundial. A tecnologia de programas sociais brasileira é ainda hoje compartilhada com dezenas de países, especialmente na África e América Latina. O governo Lula criou e incentivou programas com o propósito específico de universalizar essa experiência de sucesso. Ao final de seu governo, Lula elegeu o tema como um dos eixos de trabalho do instituto que leva seu nome.
Por esse motivo, Lula esteve na África dezenas de vezes após o fim de seus mandatos. Em 2013, junto com a União Africana e a FAO (Organização das Nacões Unidas para Agricultura e Alimentação), o Instituto Lula participou de uma das iniciativas mais importantes no sentido de eliminar a fome do continente africano. Nesse encontro de 2013, que propôs uma estratégia para eliminar a fome na África até 2025, as experiências brasileiras foram escolhidas e começaram a ser implantadas em quatro países africanos. 
Nesse contexto, o ex-presidente Lula foi convidado a voltar à Adis Abeba, sede da União Africana, para falar sobre a experiência do combate à fome num chamado Encontro de Alto Nível neste sábado. O evento contará com a presença de representantes de todos os países do continente africano, além do diretor-geral da FAO, José Graziano, do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, do primeiro-ministro da Etiópia, Hailermariam Desalegn, entre outros.
Lula, que foi vencedor  World Food Prize (Prêmio Mundial da Alimentação), viajaria para a África para acompanhar os avanços do primeiro encontro que discutiu o tema, em 2013. Na ocasião, uma iniciativa capitaneada pela União Africana, FAO e Instituto Lula propôs como meta erradicar a fome no continente até o ano de 2025. Cinco anos depois, o encontro tem como objetivo avaliar os esforços  empenhados, renovar compromissos e acelerar o progresso.
De acordo com relatório elaborado pela FAO, apesar de um declínio prolongado, a fome no mundo está em ascensão novamente. O aumento está ligado a conflitos e secas que afetaram muitos países e atingiram particularmente as zonas rurais.
Esta é a viagem que foi cancelada devido a uma decisão de um juiz de Brasília , que pediu a retenção do passaporte do ex-presidente da República.

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