Collor anuncia que é pré-candidato a Presidência

Imagem: ricearaujo.blog.uol.com.br
 Rice Araujo/Cartoon

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC-AL) declarou em entrevista ao radialista Isve Cavalcanti, na Rádio 96 FM Arapiraca (130 km de Maceió), que poderá se candidatar para concorrer as eleições presidências neste ano. Para isso disse que está fortalecendo as bases do partido. 
 
Na primeira experiência, seu governo durou de 1990 a 1992 quando se tornou o primeiro presidente do país a sofrer impeachment. Ao ser perguntado pelo radialista Cavalcanti se era candidato ou não, o senador respondeu em cima da tese de que falta no país um candidato que represente o centro político: 
 
"Por que não? Eu acho que o centro democrático deste país está sem candidaturas que possam representar este sentimento, essa vontade da população brasileira de ter um candidato à presidente da República que não esteja nos extremos, nem na extrema esquerda e nem na extrema direita. Então esse centro está muito vazio e eu acredito que, por que não, poder postular em nome do Partido Trabalhista Cristão uma candidatura a presidência da República? É uma possibilidade. Naturalmente o futuro irá confirmar ou não esta disposição já que, como disse em outras oportunidades, uma candidatura a presidência da república é muito mais obra do povo nordestino do que do desejo da pessoa que resolve postular o mais alto cargo da república do país".
 
Os políticos que querem se candidatar têm até o dia 7 de abril para deixar cargos e outros mandatos políticos para concorrer nessas eleições. 
 
 
Depois de ser afastado pelo Congresso em 1992, o processo de Collor foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) onde foi inocentado de todas as acusações. Em 2007 quando chegou ao Senado pelo Estado de Alagoas concedeu um discurso de três horas onde chorou e comentou sobre os "abusos" que sofreu da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o esquema PC Farias. 
 
Em 2016, em entrevista para o UOL, também admitiu que sofreu impeachment por não saber lidar com o Congresso, situação hoje que o presidenciável considera diferente. 
 
Desde 2016 o senador é processado no STF por acusações encaminhada pela Procuradoria-Geral da República de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de pertencer a uma organização criminosa, no âmbito da Lava Jato. 

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