Violência não se resolve dando arma e sim emprego, diz Lula no RJ
Ex-presidente concedeu entrevista à Rádio Continental AM, de Campos de Goytacazes
lula.com.br - 06/12/2017
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Foto: Ricardo Stuckert
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta quarta-feira (6) que a onda de violência no estado do Rio de Janeiro precisa ser combatida do ponto de vista social e econômico. "Quanto mais pobreza e desemprego houver, mais vai aumentar a violência. Se você der condições para as pessoas trabalharem, elas não vão assaltar. Tem um cidadão que acha que vai acabar com a violência dando arma, eu quero dar emprego", disse Lula em entrevista Rádio Continental AM, em Campos de Goytacazes, na manhã desta quarta-feira (6).
"Se você gera um emprego, você gera um salário e consequentemente um consumidor. Esse consumidor vai gerar outro emprego, outro salário. Um jovem empregado tem menor chance de se envolver com a violência", ressaltou o ex-presidente. "Você não sabe a alegria que eu tinha de ver os jovens da favela contratados para trabalhar no PAC, de ver a recuperação da indústria naval. E agora eles querem acabar, querem que a gente compre navio da China, Coreia, sem gerar emprego", avaliou o ex-presidente, ao criticar o desmonte da indústria naval promovido pelo governo atual.
Nesse sentido, Lula também fez duras críticas à maneira como a operação Lava Jato auxiliou no processo de desestabilização da economia. "Você não pode matar quem gera emprego, a indústria naval, a indústria de engenharia nacional. Quem assume a responsabilidade por milhares de pais de família que não sabiam que o patrão estava roubando e foram mandados embora porque o patrão roubou?", observou.
Eleições 2018
Lula comentou ainda as recentes pesquisas que demonstram sua posição de liderança consolidada para 2018. Segundo o ex-presidente, ainda é cedo para comemorar o resultado, mas os números demonstram que a população reconhece e recorda a melhoria de vida durante os governos Lula.
A caravana Lula pelo Brasil agora segue para Maricá. Lula permanece no Rio até a próxima sexta-feira (8).
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