Metalúrgicos rejeitam venda da Embraer para a Boeing
SOBERANIA EM RISCO
'Única fabricante de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer é estratégica e não pode ser vendida para o capital estrangeiro', diz Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
por Redação RBA publicado 21/12/2017
'Única fabricante de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer é estratégica e não pode ser vendida para o capital estrangeiro', diz Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
por Redação RBA publicado 21/12/2017
DIVULGAÇÃO
Negociações dependem da palavra do governo, que detém ações de classe especial (golden share) da Embraer
São Paulo – O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região repudiou hoje (21) por meio de nota a possível venda da Embraer para a empresa norte-americana Boeing, conforme foi anunciado na imprensa. A entidade argumenta em defesa da soberania nacional para rechaçar a venda da empresa.
“Única fabricante brasileira de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer é estratégica para o país e não pode ser vendida para o capital estrangeiro. Exigimos que o governo federal vete a venda e, enfim, reestatize a Embraer como forma de preservar e retomar este patrimônio nacional”, afirma o texto.
Confira a íntegra da nota do sindicato:
Sindicato dos Metalúrgicos defende veto do governo federal a planos de compra da Embraer pela Boeing
A possibilidade de compra da Embraer pela norte-americana Boeing, conforme noticiado pela imprensa, nesta quinta-feira (21), merece todo repúdio do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Única fabricante brasileira de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer é estratégica para o país e não pode ser vendida para capital estrangeiro. Exigimos que o governo federal vete a venda e, enfim, reestatize a Embraer como forma de preservar e retomar este patrimônio nacional.
Ainda segundo informações divulgadas pela imprensa, a concretização das negociações depende da palavra do governo, que detém ações de classe especial (golden share) da Embraer. Isto mostra que as negociações já vêm de longo tempo, longe dos olhos da população.
A Embraer emprega hoje cerca de 17 mil trabalhadores no Brasil e já vinha adotando uma profunda política de desnacionalização da produção. A venda para a Boeing vai comprometer esses postos de trabalho e a própria permanência da fábrica no país.
É importante relembrar que, no dia 19 de julho, o Ministério da Fazenda solicitou consulta ao Tribunal de Contas da União sobre a possibilidade de abrir mão das ações golden share da Embraer, Vale e IRB-Brasil Resseguros. Sem essas ações, o governo perde o poder de veto sobre essas empresas.
No caso da Embraer, a golden share confere poder de veto em questões como venda, programas militares e acesso à tecnologia.
Como representante dos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos reafirma sua posição em favor do veto à venda da Embraer e sua reestatização.
Comentários