MARUN COMPRA VOTOS PARA PREVIDÊNCIA COM EMPRÉSTIMOS NA CAIXA

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Recém-chegado à ar­ti­cu­la­ção po­lí­ti­ca do governo Temer, Car­los Ma­run já usa o toma-lá dá-cá para conseguir a ade­são de de­pu­ta­dos à re­for­ma da Pre­vi­dên­cia; ele le­van­tou to­dos os pe­di­dos de em­prés­ti­mos pro­to­co­la­dos na Cai­xa por Es­ta­dos, ca­pi­tais e ou­tras gran­des ci­da­des e con­di­ci­o­nou a as­si­na­tu­ra dos con­tra­tos à en­tre­ga de vo­tos pe­los go­ver­na­do­res e pre­fei­tos, que exer­cem in­fluên­cia so­bre os par­la­men­ta­res; “Ma­run me fa­lou que há vá­ri­os con­tra­tos com a Cai­xa, mas o go­ver­no só vai li­be­rar após a vo­ta­ção da re­for­ma. Achei uma coi­sa fo­ra de pro­pó­si­to. Me dei­xou frus­tra­do”, dis­se o go­ver­na­dor de Ser­gi­pe, Jack­son Bar­re­to (PMDB)
Brasília 247 - No­vo mi­nis­tro da ar­ti­cu­la­ção po­lí­ti­ca, Car­los Ma­run ado­tou o es­ti­lo tra­tor pa­ra con­se­guir ade­são de de­pu­ta­dos à re­for­ma da Pre­vi­dên­cia. Ele le­van­tou to­dos os pe­di­dos de em­prés­ti­mos pro­to­co­la­dos na Cai­xa por Es­ta­dos, ca­pi­tais e ou­tras gran­des ci­da­des e con­di­ci­o­nou a as­si­na­tu­ra dos con­tra­tos à en­tre­ga de vo­tos pe­los go­ver­na­do­res e pre­fei­tos, que exer­cem in­fluên­cia so­bre os par­la­men­ta­res. O pri­mei­ro a so­frer pres­são foi o go­ver­na­dor de Ser­gi­pe, Jack­son Bar­re­to (PMDB), que dei­xou o Pa­lá­cio do Pla­nal­to na úl­ti­ma quar­ta-fei­ra re­cla­man­do .

O go­ver­na­dor de Ser­gi­pe dis­se à Co­lu­na do Estadão que saiu cho­ca­do da reu­nião. “Ma­run me fa­lou que há vá­ri­os con­tra­tos com a Cai­xa, mas o go­ver­no só vai li­be­rar após a vo­ta­ção da re­for­ma. Achei uma coi­sa fo­ra de pro­pó­si­to. Me dei­xou frus­tra­do”, dis­se.
Ser­gi­pe ten­ta um em­prés­ti­mo de R$ 560 mi­lhões com a Cai­xa pa­ra a re­cu­pe­ra­ção de ro­do­vi­as. Se o di­nhei­ro sair só em fe­ve­rei­ro, após a vo­ta­ção da re­for­ma, vai coin­ci­dir com o iní­cio das chu­vas no Nor­des­te, em mar­ço, o que in­vi­a­bi­li­za as obras.
Car­los Ma­run tem se de­fi­ni­do co­mo um “po­lí­ti­co Co­ca-Co­la”, que cau­sa re­a­ção nas pes­so­as. É o con­trá­rio do “po­lí­ti­co Co­ca di­et”, que “não en­gor­da e não in­co­mo­da”. So­bre o to­ma lá dá cá, não li­gou de vol­ta.

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