Ao recorrer de decisão, defesa de Lula diz que powerpoint de Dallagnol foi copiado de caso nos Estados Unidos, onde causou anulação do processo

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O juiz de Direito Carlo Mazza Britto Melfi, da 5ª vara Cível de São Bernardo do Campo, julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais do ex-presidente Lula contra o procurador da República Deltan Dallagnol.
A defesa decidiu recorrer.
“Recorreremos da sentença demonstrando que a exibição de um Powerpoint em rede nacional e internacional conferindo tratamento de culpado ao ex-Presidente Lula no momento do oferecimento da denúncia é incompatível com a garantia da presunção de inocência e outras garantias previstas na Constituição Federal e nos tratados internacionais que o Brasil assinou e se obrigou a cumprir”, escreveu o advogado Cristiano Martins Zanin.

Acrescentou: “Nenhum motivo pode existir para a realização dessa apresentação a não ser inflamar preconceitos e paixões e aniquilar a possibilidade de Lula ter um julgamento justo e imparcial”.
Nas páginas 28, 29 e 30 do documento que divulgou, a defesa de Lula acusa Dallagnol de ter copiado a ideia do powerpoint de um processo dos Estados Unidos, que segundo a assessoria do ex-presidente “foi anulado pelo uso indevido da arte”.
Assim como Lula, o réu norte-americano aparecia no centro de várias “flechadas” acusatórias.
No caso, do estado de Washington contra Edward Michael Glasmann, o tribunal concluiu que “nenhum motivo pode existir para a apresentação deste slide a não ser inflamar preconceitos e paixões; ele reduz substancialmente o direito do réu de ter um julgamento justo”, sempre segundo a defesa do ex-presidente.

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