“UMA NOITE NO GARDEN”: UM OLHAR SOBRE O NAZISMO NOS EUA
Jon Schwarz - no The Intercept Brasil - 1 de Novembro de 2017, 14h33
O OBSCURO “Sinédoque, Nova York”, filme escrito e dirigido por Charlie Kaufman em 2008, surgiu quando a Sony Pictures Classics pediu um filme de terror ao diretor. Kaufman, mais conhecido por roteiros excêntricos como o de “Quero ser John Malkovich”, aceitou. Mas ele não pretendia fazer um daqueles típicos filmes de terror adolescente que parecem se passar em outra dimensão. Em vez disso, afirmaria ele mais tarde, a ideia era fazer um filme para adultos “sobre coisas assustadoras do mundo real, das nossas vidas”.
E foi o que Kaufman conseguiu fazer. Para mim, “Sinédoque, Nova York” foi tão assustador que nunca mais quero vê-lo. Filmes sangrentos como “Sexta-Feira 13″ e suas 11 continuações não deixam de ser prazerosos – quando eles acabam, mesmo que ainda estejamos cheios de adrenalina, sabemos que não estamos sendo perseguidos por Jason Vorhees. Mas, quando “Sinédoque, Nova York” chega ao fim e as luzes se acendem, percebemos que aquilo que perseguia os personagens também nos persegue fora do cinema, na vida real.
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