Fernando Brito: A mandioca e os idiotas

mandioca
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POR  · 18/11/2017

Primeiro foram os coxinhas juvenis. Agora, as múmias temeristas que resolveram, como bons idiotas que são, usar como deboche o elogio da ex-presidente Dilma Rouseff aos produtores de mandioca .
Claro, não acham ruim falar do agronegócio da soja, que os porcos comem, na forma de farelo, mas acham um horror o prato tão comum e principal fonte de amido – é o que tem a batata, para quem não sabe – da mesa do pobre em muitas regiões do país, embora aquela amarelinha, com consistência cremosa ainda arranque suspiros da memória de um diabético (amido se transforma em açúcar, como se sabe).
Não é só na memória afetiva dos brasileiros que a mandioca é importante – dela, Jorge Amado escreveu em seu Navegação de Cabotagem:  “onde quer que esteja levo o Brasil comigo mas, ai de mim, não levo farinha de mandioca e sinto falta todos os dias, ao almoço e ao jantar”.
É em nossa história.

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