EUA: Os políticos que recebem dinheiro da indústria de armamento
Segundo as contas do Washington Post, apenas no último ciclo eleitoral de 2016, a National Rifle Association deu 3.534.294 dólares a mais de metade dos membros do Congresso.
Donald Trump na conferência da NRA durante a campanha para as presidenciais dos EUA, em 2016. Foto de Erik S. Lesser, EPA/Lusa.
Os números explicam porque razão o controlo de armas continua a ser impossível de introduzir nos Estados Unidos da América.
Segundo as contas do Washington Post, apenas no último ciclo eleitoral de 2016, a National Rifle Association [associação que representa a indústria de armamento] deu 3.534.294 dólares a diferentes membros do Congresso, mais concretamente a 49 Senadores e 258 dos 435 representantes na câmara baixa.
Também a opensecrets.org - organização não governamental que investiga as relações financeiras entre lobyistas e políticos do Congresso dos EUA - publicou uma lista detalhada dos políticos no ativo que receberam dinheiro da National Rifle Association, lista limitada ao financiamento através de PACs [veículos de financiamento de campanhas que podem receber e gerir donativos de qualquer origem de forma independente do próprio candidato].
A lista é longa e esmagadoramente dominada por políticos do Partido Republicano, mas também há democratas, nomeadamente Sanford Bishop (Georgia), Henry Cuellar (Texas), Collin Peterson (Minnesota), Tim Walz (Minnesota), e Tammy Duckworth (Illinois).
Já do lado dos Republicanos, a lista extensa e revela que 215 dos 240 congressistas republicanos receberam dinheiro da NRA. Considerando que a câmara baixa do Congresso é composta por 435 representantes eleitos, a NRA tem influência sobre quase metade de todos os membros.
No Senado (composto por 100 membros eleitos, 2 de cada Estado), nenhum Democrata recebeu dinheiro da NRA em 2016, mas da parte dos Republicanos, 26 Senadores receberam contribuições, nomeadamente John McCain ou Ted Cruz.
A opensecrets.org explica que os números apresentados representam “contribuições de PACs”. Todos os donativos apresentados são relativos ao ciclo eleitoral de 2016.
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