Emir Sader: Lula, os sertões e as veredas

RICARDO STUCKERT
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por Emir Sader - no 247 - 21/10/2017

“Há de haver no mundo certa quantidade de decoro, como há de haver certa quantidade de luz.
Quando há muitos homens sem decoro, há sempre outros que têm em si o decoro de muitos homens.
Estes são os que se rebelam com força terrível contra os que roubam aos povos sua liberdade, que é roubar-lhes seu decoro.
Nesses homens vão milhares de homens, vai um povo inteiro, vai a dignidade humana.”

(José Martí)

Há pessoas que representam, simbolizam o que pior pode ter uma sociedade, assim como há outras que simbolizam, representam o que essa sociedade tem de melhor. Há os que significam a rapina do patrimônio publico, a devastação dos direitos do povo, a degradação da estima e da esperança de todos. E há os que expressam a esperança de que o pais possa recuperar e fortalecer seu patrimônio, que possa recompor os direitos de todos a uma vida digna, que possa voltar a aparecer para todos como o pais que comanda a luta contra a fome no mundo.

Há quem fale em nome da minoria de banqueiros que governa o pais, mas ha quem fal em nome do povo, vitima desse governo. Ha’ quem tenha pânico do povo e quem tem esperança no povo.

Quando Lula anunciou sua primeira Caravana, a direita ficou na expectativa, calou, censurou, fingir desconhecer, até que se deu conta do sucesso inquestionável. Só publicou fofocas menores, não teve coragem de publicar as milhares de fotos do Lula nos braços do povo, porque além de difundir a consagração definitiva do Lula, representa o fracasso da maior campanha de tentativas de destruição da imagem de um líder politico brasileiro.

Nem bem a Caravana do Nordeste tinha terminado, a direita usou os instrumentos que tem: a calunia, as acusações sem fundamento, difundindo uma suposta nova morte política definitiva do Lula, que so durou até a pesquisa seguinte, que mostrou que quem decide da vida e da morte dos lideres é o povo.

Agora, diante do iminente sucesso da Caravana do Lula por Minas, ao lado dos sucessos das reuniões que o Lula têm feito, especialmente em São Paulo, a direita não esperou e desatou, desde já, nova onda de acusações sem fundamento contra  Lula. Tentam se precaver, se prevenir, para ver se conseguem neutralizar as repercussões sensacionais que vem por ai com a nova Caravana. Tentam ocupar os espaços midiáticos para justificar seu silencio diante da recepção que o povo de Minas vai dar ao Lula.

A direita não aprende dos seus erros e tropeços, porque ficou reduzida a isso: às calunias, à reiteração de suspeitas sem fundamento. Depois de 3 anos de caçada tentando destruir a reputação do maior líder politico da historia brasileira, ficam reduzidos a tentar provar algo pífio a respeito de um recibo, mesmo assim desmentido reiteradamente. Ficaram reduzidas a isso todas as acusações contra o Lula, ao final de três anos de difamações.

Porque acontece que o Lula não é uma pessoa, não é apenas um líder. Lula representa um projeto para o Brasil. Um projeto que ja começou a ser construído nos primeiros 12 anos de governos do PT, no primeiro capitulo de construção de um pais menos injusto, mais humano e solidário.

Lula representa, aos olhos do povo, a dignidade, os direitos, a auto estima, o orgulho de ser brasileiro, a possibilidade de se voltar a ser feliz. É isso que está espelhado nos olhos que dos que vêem no Lula um passado melhor, um presente de luta e um futuro de esperança.

E isso não se destrói com propaganda enganosa, com denuncias inverídicas, com artigos anunciando o fim de um líder que se tornou perene pela sua historia e pela obra política que começou a construir. O pânico se apodera da direita quando se dá conta que não consegue impedir que a construção de um país democrático e justo só começou com o primeiro capítulo de governos do PT.

Não se dão conta que um homem que representa um projeto para o pais, é indestrutível. Que quanto mais o odeiam, mais fortalece, no povo, o desejo insuperável não apenas de protege-lo, de defende-lo, mas de levar esse projeto a mais uma vitoria. E esse projeto tem um nome, tem uma fisionomia, tem uma voz, tem um passado, um presente e um futuro para o Brasil.

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