Atirar primeiro, perguntar depois. É a isso que chegamos.
POR FERNANDO BRITO · 23/10/2017
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Mesmo antes da entrevista do motorista do carro em que a turista espanhola foi morta hoje, na Rocinha, as imagens mostravam que, atrás de uma van, ele não tinha como ver com clareza que havia um bloqueio policial.
Muito mais do que o tenente da PM, quem matou esta senhora são os responsáveis por transformar uma situação que é evidentemente séria de segurança em um clima de histeria descontrolada. E quem insiste, por exibição e marketing, em operações policiais muito mais dedicadas ao espalhafato do que à eficiência.
“Bloqueio policial”, na era do celular e das redes não vai prender ninguém importante ou apreender armas e drogas em quantidade, senão por muito acaso.
Basta um “batedor” de moto e qualquer “bonde” é desviado se houver “blitz” no seu caminho.
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