Filme: Dois dias Uma Noite (legendado)
O filme é francês, dos premiados irmãos Dardenne e tem por título Dois dias e uma noite. Numa sexta-feira como outra qualquer, Sandra é demitida em um processo de ‘’flexibilização’’ no quadro de funcionários da fábrica. A empresa manipula e usa os seus próprios colegas para votar: ou eles recebem um bônus de mil euros e Sandra vai para a rua ou ela continua no grupo e eles ficam a ver navios. A maioria vota pelo bônus. Mas uma segunda votação é acertada com o patrão. Mais um acordo indecente. Ele concede que haja uma nova votação na segunda-feira seguinte. Os colegas terão a chance de decidir, definitivamente, se abrem mão do bônus de mil euros oferecido pela empresa e a companheira mantém o emprego. Este é o drama vivido durante um fim de semana pela operária que conhecerá a solidão absoluta do trabalhador no século 21 apesar das salvaguardas legais oficiais (atuação de sindicatos, justiça trabalhista etc.) e da teórica solidariedade irrestrita e a resistência coletiva dos colegas de trabalho (ilusão?). Assim como a produção italiana citada acima, o filme capta também as sutilezas e nuances do espírito do tempo em que uma das questões a ser discutida é esta: a solidariedade ainda existe? Ela subsiste na classe operária, no plano individual? Ou é uma utopia? Outro filme imperdível.
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