Doutor Rosinha, sobre os R$ 20 milhões desviados da Educação no Paraná: Ficará mais uma vez por isso mesmo?

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por Thea Tavares, de Curitiba, especial para o Viomundo - 03/09/2017

O mais novo escândalo de corrupção do governo do tucano Beto Richa envolve graves acusações de fraudes que desviaram cerca de 20 milhões de reais da educação do Paraná para a campanha à reeleição do governador em 2014.

As acusações dão conta de que essas fraudes também beneficiaram aliados de Richa e vêem à tona a partir das investigações da chamada Operação Quadro Negro, iniciada em 2015.
Fruto de delação premiada do dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, com quem o Governo do Paraná possui contratos e aditivos contratuais que somam repasses na ordem de R$ 32 milhões à empreiteira, por obras de construção de escolas que sequer saíram do papel, as acusações enquadram um bando inteiro de aliados e autoridades no entorno da praça Nossa Senhora da Salette,no Centro Cívico de Curitiba, onde estão instaladas as sedes dos principais poderes públicos do estado.
Reuniões sobre essas tratativas e repasses ocorreram em gabinetes do Palácio Iguaçu, sede do Executivo, na sala da presidência da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), e também chegaram ao Tribunal de Contas (TCE-PR) para favorecer a campanha a deputado do filho do presidente do órgão fiscalizador das contas do estado.
Além de encontro em padaria da cidade. Repasses desse dinheiro sujo teriam acontecido, inclusive, dentro do banheiro de uma repartição pública.
Foram apontados pelo dono da Valor como envolvidos no escândalo:
*Governador Beto Richa (PSDB), que tem foro privilegiado
*Luiz Abi Antoun, primo do governador e já investigado em duas outras operações
*Ezequias Moreira, secretário especial de Cerimonial e parceiro do governador de outras denúncias de farras eleitorais; é o do conhecido escândalo da sogra fantasma
*Ministro da Saúde de Temer, Ricardo Barros (PP), marido da vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), com base no que teria negociado cargo de confiança para o gabinete dela
* Valdir Rossoni (PSDB),  chefe da Casa Civil do governo estadual
*Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná
*Deputado estadual Plauto Miró (DEM)
*Durval Amaral (DEM), presidente do TCE-PR
*Deputado estadual Tiago Amaral (PSB), filho do presidente do TCE-PR
*Maurício Fanini,  diretor da Secretaria Estadual da Educação (SEED); ele foi agraciado, inclusive, com bonificação para curtir uma viagem ao Caribe na companhia de sua esposa Betina, do governador e da primeira-dama paranaense, Fernanda Richa.
No último sábado (2), professores da rede estadual de ensino protestaram no centro de Curitiba contra o desvio dos recursos da educação, a farra com o dinheiro público,os sucessivos ataques e prejuízos que o governo tucano impõe à categoria e à população paranaense.
Para o presidente do diretório estadual do PT-PR, Doutor Rosinha, a marca dos governos tucanos está impressa nos sucessivos ataques à educação e ao serviço público em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, bem como as grandes suspeitas de fraudes eleitorais e de caixa 2 que pairam impunemente sobre esses mandatários.
“Alckmin, Aécio e Beto Richa têm em comum o fato de serem do PSDB”, observa.
“Também são suspeitos de serem (grandes) corruptos, todos com o privilégio de não serem investigados em seus estados”, prossegue.
Isto significa que são (tucanos) homens de sorte ou que em seus estados não existe disposição da Polícia Federal e do Ministério Público de cobrar-lhes satisfações e responsabilidades?”, questiona.
“Espero que o Ministério Público Federal seja mais isento e comece a investigar estes três personagens da política brasileira. Espero também que o ministro Gilmar Mendes permita esta investigação”, conclui o Doutor Rosinha. “Ou ficará mais uma vez por isso mesmo?”

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