Catalunha: governo espanhol tira do ar mais de 140 sites
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Com mandado judicial, a Guarda Civil da Espanha já interveio em mais de 140 sites que mantêm informações sobre o referendo do próximo domingo, dia 1º de outubro, anunciou o Ministério do Interior.
A consulta popular de domingo questionará se a população da Catalunha quer ou não a independência da Espanha. O governo central se opõe à iniciativa e adota uma série de medidas para impedir sua realização – as autoridades chegaram a prender catorze integrantes do governo catalão, entre eles um funcionário de alto escalão.
Outra prática é interceptar correspondências para impedir o acesso às cédulas de votação.
“Este domínio sofreu intervenção e está à disposição da autoridade judicial”, diz a mensagem que aparece nos sites. A maior parte dos bloqueios foi feita nesta terça-feira (26), e ainda há 85 que podem entrar na lista.
O primeiro a sair do ar, na semana passada, foi o site oficial criado pela Generalitat(Referendum.cat). A página havia sido replicada em pelo menos dez outros domínios.
A censura por parte de Madri aos sites do governo catalão converteu-se numa briga de gato e rato. Prudentemente a Generalitat utiliza domínios hospedados fora da União Europeia, o que impede o governo espanhol de proibi-los.
Quando Madri consegue hackear e tirar do ar um site independentista, minutos depois o mesmo conteúdo aparece em um site novo. Isso se repete dezenas, centenas de vezes ao dia.
Quando Madri consegue hackear e tirar do ar um site independentista, minutos depois o mesmo conteúdo aparece em um site novo. Isso se repete dezenas, centenas de vezes ao dia.
O presidente do governo local, Carles Puigdemont, informava os internautas sobre os novos endereços pelo Twitter, desagradando o governo central, que chegou a se referir a “crime cibernético” e a falar que o enfrentamento e a desobediência já transbordaram para as redes.
O site da Assembleia Nacional da Catalunha também foi bloqueado. À imprensa, os porta-vozes da Assembleia dizem não terem sido previamente avisados sobre a ordem judicial.
A campanha em vídeo feita para televisão e para internet também continua disponível no YouTube. Assista:
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