Tijolaço: Sob a ditadura do medo e do egoísmo, ainda somos um povo

POR  · 07/07/2017


morier
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Recolho do Facebook, a história de um colega – chamo-o assim porque, com 40 anos que seja de diferença, estudamos nas mesmas escolas, o Cefet e a UFRJ- e da coragem de mulheres e de homens que não aceitam a ideia – diariamente apregoada sobre todos nós – de que sejamos bichos e vivamos numa selva.
Posto-a, porque li o artigo do professor Aldo Fornazieri, publicado no Viomundo, onde ele diz que o  “Brasil não tem alma, não tem caráter, não tem dignidade e não tem um povo”, em que diz que “não temos a dignidade dos sentimentos humanos da solidariedade, da piedade, da compaixão” e que “não somos capazes de nos indignar e não seremos capazes de gerar revoltas, insurreições, mesmo que pacíficas”.
Lembrei-me de Monteiro Lobato e de seu Jeca Tatu, indolente, acocorado, feito de símbolo do Brasil-preguiça num de seus primeiros livros, ainda promotor público em Areias(SP), espantado com o atraso em que a primeira crise do café,  na década de 1890, por conta de uma crise cambial, havia lançado a região.

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